Depois de passar por várias cidades do Mundo e até por Lisboa no passado dia 25 de Junho, a iniciativa que está contra a “culpabilização que as mulheres continuam a sofrer enquanto vítimas de agressão sexual e contra a desresponsabilização do agressor”, a SlutWalk, está na cidade nortenha no dia 13 de Agosto. A marcha inicia-se pelas 22h30 junto ao Tribunal da Relação do Porto.
Através de comunicado, a organização faz saber que a marcha é realizada por “dezenas de pessoas com práticas e identidades sexuais, actividades profissionais e origens culturais, sociais e geográficas diversas, vinculadas a este objectivo comum”, funcionando “através de uma plataforma online, sem estrutura formal, totalmente voluntária e em contínuo crescimento” que apela à participação de todos os cidadãos.
O objectivo da SlutWalk Porto é denunciar a violência de género e combater o discurso machista que “objectifica o corpo das mulheres como uma provocação que justifica a agressão”. O comunicado clarifica que a marcha não é só para as mulheres, mas sim para todos aqueles que defendam o direito à justiça, à igualdade de género, à pluralidade e à liberdade sexual.
“Esta marcha não é só de mulheres para mulheres, mas sim de todos e para todos os que desejam uma alteração da moral dominante, que garanta a liberdade individual de todas as pessoas, apoiando e protegendo as (potenciais) vítimas de violência sexual e responsabilizando apenas os agressores”, reforça o comunicado.
No mesmo dia que se realiza a marcha na cidade do Porto também Berlim sai à rua. A polémica que levou a estas SlutWalk’s está centrada numa afirmação de um polícia de Toronto que dizia que as mulheres não deviam vestir-se de forma provocante para não se sujeitarem a ser violadas. Esta afirmação provocou uma onda de indignação por todo o mundo à qual a SlutWalk Porto também aderiu.
O manifesto da iniciativa encontra-se online e recusa qualquer forma de culpabilização o sexo feminino por actos de violência sexual. O grupo de cidadãos tem ainda página no Facebook para divulgar a sua acção