Com o mês de Agosto já em modo de “despedida”, as Noites Ritual voltam ao Porto para dois dias de muita música e animação. Os Jardins do Palácio de Cristal acolhem, como não podia deixar de ser, a 20.ª edição daquele que é considerado como “o último dos festivais de Verão nacionais”.

Para este ano, o mote do certame é “Ritmo e Electricidade”. Mais uma vez, a música nacional continua a ser rainha e senhora deste evento que traz até ao coração da cidade do Porto milhares de pessoas.

Com o fim-de-semana à porta, foram muitos os que não quiseram perder mais uma edição das Noites Ritual. E essa “vontade” era bem visível para quem passava perto do Palácio de Cristal: as filas nas bilheteiras eram grandes e o número foi crescendo ao longo da noite. Os mais desprevenidos esperavam longos minutos para entrarem no recinto e foram muitos os que perderam os primeiros concertos da noite.

O arranque oficial dos concertos foi marcado pela actuação dos Dan Riverman. A banda de Santo Tirso subiu ao Palco Ritual pelas 21h30 para um concerto intimista que aqueceu as primeiras horas da noite fria que aguardava todos os festivaleiros. Pouco depois, foi a vez dos Linda Martini deixarem de rastos todos os que se juntaram em frente ao Palco 1. Mais um concerto electrizante que não deixou ninguém indiferente. Os grandes temas da banda, como “Amor Combate”, passaram, esta sexta-feira, pelos Jardins do Palácio de Cristal e mostraram que os fãs sabem as letras e estão sempre prontos para grandes descargas de energia.

Apesar das boas actuações, a duração dos concertos fazia lembrar os curtos show-cases que deixam os fãs de água na boca. Ainda assim, a animação era geral para mais dois dias de música bem no coração da cidade Invicta.

Com os We Trust, o espaço envolvente ao Palco Ritual pareceu pequeno para tantas pessoas. Ainda assim, foi apenas com o tema mais conhecido da banda, “Time (Better Not Stop)” que os festivaleiros se manifestaram mais efusivamente.

X-Wife com concerto a saber a pouco

Já a noite deixara de ser uma criança quando os X-Wife, filhos da cidade, subiram ao palco principal para um concerto cheio de garra. Com os sintetizadores no máximo, as coreografias não tardaram em surgir e os sons da banda contagiaram tudo e todos. Com os temas “Fireworks” ou “On The Radio”, a banda portuense mostrou que é capaz de segurar uma audiência, ainda que o concerto tenha sabido a pouco.

A surpresa da noite estava reservada aos lisboetas Guta Naki. Os sons frescos da banda foram atraindo público ao longo do concerto e mostraram que este colectivo ainda tem muito para dar à música.

Os concertos encerraram, oficialmente, ao som dos Zen, que voltaram às lides musicais depois de uma paragem que deixou os fãs inconsoláveis. Um concerto que serviu para recordar alguns dos grandes êxitos da banda e para mostrar que estes rapazes ainda estão aí “para as curvas”.

Depois dos concertos, era a altura ideal para os festivaleiros rumarem ao pavilhão Rosa Mota onde, pela primeira vez, o Ritual Late Night DJ’s ia “animar a malta” até de manhã. Para a primeira noite do evento, coube a Beatbender e a DJ Kitten aquecerem todos os que ficaram pelo local até às 06h00.

Além dos concertos, as Noites Ritual estão complementadas pela Exposição Fotográfica “25 Anos – 25 Fotos” de Cameraman Metálico, na Sala VIP do Pavilhão Rosa Mota, pela Feira Alternativa e pela “Sinergias”, a performance multimédia na Capela Carlos Alberto.

Para a segunda e última noite de festival estão guardadas as actuações dos Terrakota, Mind da Gap, Orelha Negra e muito mais. As portas do recinto abrem às 20h00 e os concertos começam às 21h30. Os bilhetes custam três euros: os que querem acesso ao “Ritual Late Night DJ’s” têm apenas de desembolsar mais um euro (quatro euros).