Criada no final de 2008, a Tecla Colorida só entrou verdadeiramente em funcionamento no início de 2009. Ademar Aguiar, um dos fundadores e responsáveis pela empresa, confessou ao JPN que o nome com que mais se identificam é “escolinhas.pt“, nome do produto que produzem direccionado para os mais jovens.

E foi exactamente assim que surgiu a empresa, pelos mais jovens. O objectivo inicial foi “pegar num protótipo que já estava desenvolvido, para crianças dos 6 aos 12 anos, e transformá-lo num produto que fosse utilizado por mais pessoas”. No entanto, para avançar com um projecto desta dimensão “é preciso estrutura, financiamento, equipa. Enfim, uma estrutura mais estável que a que tinhamos inicialmente”, explica.

A ligação ao Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto surgiu com a apresentação de um projecto de investigação que permitiu ligar a Tecla Colorida a outras entidades, nomeadamente na área das indústrias criativas.

A empresa, que integra o Pólo das Indústrias Criativas do UPTEC, constrói software educativo para crianças, “utilizando a mais recente tenologia web, nomeadamente, a web 2.0 e a web social”.

Talvez por ser um projecto inovador, são muitas as entidades que se interessam pelo tipo de produtos desenvolvidos pela Tecla Colorida. No entanto, o mercado português é pequeno e é necessário “afinar” algumas questões que não correspondem às expectativas iniciais, refere Ademar Aguiar.

Do ponto de vista tecnológico, os esforços concentram-se nas oportunidades de comercialização, que ultrapassam o projecto “escolinhas.pt“. O objectivo é utilizar a tecnologia desenvolvida pela empresa para “qualquer unidade de crianças” e não só para as escolas. Mas a grande aposta pode passar pelo mercado externo, onde a Tecla Colorida se quer afirmar como uma marca forte e madura, capaz de competir com as grandes empresas mundiais, conclui.