É já na quinta-feira, 22 de Setembro, que arranca o mais recente projecto do jornal Público, o P3. Desenvolvido através de um consórcio com a Universidade do Porto, o P3 pretende “contar histórias” e “abordar temas que os outros jornais não abordam”, explica o director do projecto, Amílcar Correia.

Estudado a pensar nos jovens que não se identificam com os jornais convencionais, o P3 promete “falar de coisas que digam respeito a esse público”, sem, no entanto, “infantilizar”. “Ninguém aqui vai ser tratado com paternalismo”, diz. “Na prática, é um site para um escalão da sociedade que não tem de ser necessariamente um escalão etário, universitário ou pós-universitário. Pode ir dos 18 até aos 30”, acrescenta o director. Ao mesmo tempo, o site pretende apelar a quem entende que “a linguagem na Internet não deve ser a linguagem mais convencional dos sites actuais, que são todos iguais em todo o lado”.

Por isso mesmo, o desenho do site destoa dos restantes. Em vez de pensar na vertical, o site é desenhado na horizontal, para “evitar o scroll infinito” dos sites de informação generalista. Também o modo de navegação é “completamente diferente”. “Temos um menu de navegação muito resumido, com quatro entradas”, diz Amílcar, situado no topo, do lado esquerdo. Se as opções não chegarem para o leitor, há, igualmente, um “dashboard dinâmico” no topo da página, que permite navegar “através de um mapa do site”. “Também é possível aceder às nossas contas nas redes sociais e interagir através deste espaço”, garante o director. Finalmente, também a opção de navegação por hashtags é uma realidade.

Mas as inovações não se ficam por aqui. As categorias escolhidas são muito claras e, ao mesmo tempo, fogem do comum: Cultura, Actualidade, Vícios e PQuê. Dentro da Cultura, podemos encontrar secções como “MP3”, “Livros” (com espaço para Banda Desenhada, por exemplo) ou “Palcos”. Na “Actualidade” voltamos às secções, pela “designação clássica do Público”, enquanto que o “Vícios” oferece “Tecnologia”, “Prazeres”,”Viagens”, “Espelho” (secção de moda) e “Ecrã” (para séries).

O leitor tem uma palavra a dizer

Já a quarta entrada do menu, o PQuê, não é uma secção por si só, mas antes uma “área privada, à qual se acede através de um registo” (que pode ser feito via conta no Facebook). Nesta zona, é possível “seguir outros leitores registados, ser-se seguido, aceder a comentários feitos pelo leitor, às publicações que fez e aos textos que guardou para ler mais tarde ou aos seus textos favoritos”, explica Amílcar Correia.

Outra vantagem conferida aos utilizadores registados é a de “personalizar conteúdos”. Através do registo, o leitor pode escolher o que quer ver no site, seleccionando as secções que mais lhe interessam e que passam, dessa forma, a aparecer em destaque.

Num campo mais prático, o utilizador não só personaliza o conteúdo que vê como pode contribuir com material próprio, através da área “SOS”. Nesta zona, “os leitores podem enviar material”, porque “a ideia é que o jornal seja feito por toda a gente”, diz o director.