As datas já estão definidas e são quatro dias para assinalar na agenda do próximo ano, com sublinhados e pontos de exclamação. De 7 a 10 de junho de 2012, o Parque da Cidade, no Porto, recebe o Primavera Sound, naquela que é a primeira internacionalização do evento.

Ainda não é possível saber por que nomes aguardar até lá, mas José Barreiros, da Ritmos, adianta que serão “entre 60 a 80 artistas”.

Barcelona é a cidade natal deste festival de música independente que se realiza, anualmente, desde 2001, nos últimos dias de maio ou nos primeiros de junho. A eventual parceria com a produtora do Porto tem sido alvo de especulações nos últimos meses, mas só desde há duas semanas é certo um Primavera português, que acontece dias depois do espanhol (30 de maio a 3 de junho).

Por ser, além de um festival, uma “marca muito forte na música”, a organização do
Primavera Sound recebe ofertas de toda a Europa para que este se concretize noutras cidades. O sucesso da Ritmos – produtora responsável pela organização do Festival de Paredes de Coura – é, assim, um “orgulho muito grande”, diz José Barreiros.

Ao todo foram necessários cerca de 18 meses de trabalho para que o Porto fosse escolhido, num processo em que a Ritmos precisou de “conciliar muitas partes”, entre as quais a Câmara Municipal do Porto. A autarquia garante o uso do Parque da Cidade e “uma verba para apoio logístico”, através da Porto Lazer. “Queremos que a câmara veja, no Primavera Sound, um evento que também vai contribuir para a melhoria do Parque da Cidade. Isso para nós é fundamental”, reitera o membro da organização.

Mil bilhetes já à venda

“O Primavera Sound decorrerá em quatro palcos e, no dia de apresentação, 7 de junho, o conceito do festival é levado à cidade”, garante José Barreiros. “Queremos que se estenda a algumas salas e praças da cidade, bem como a alguns locais não convencionais.”

A partir desta segunda-feira vão estar à venda os primeiros mil bilhetes, a um preço de 65 euros, “para premiar aqueles que conhecem a marca Primavera Sound e são fiéis ao nome”, explica Barreiros. Mais tarde, a partir de novembro, o preço sobe para 75 euros e, até junho de 2012, o valor vai crescendo.

“Os parceiros do Primavera Sound viram em nós, para além da honestidade, um gosto musical semelhante. Agora é preciso pôr todo o nosso know-how ao serviço do festival”, remata José Barreiros.