Empreendedorismo já é palavra chave hoje em dia. Tendo por base essa premissa, nasceu o Startup Pirates, um programa de “promoção do empreendedorismo e de capacitação de jovens que queiram ser empreendedores”. Neste grupo, diz Inês Santos Silva, uma das mentoras do projeto, há espaço para “aprender ferramentas” que ajudem os jovens a “criar uma empresa”.

“O nosso objetivo é ajudar os participantes a criar empresas, abordando aquilo que chamamos a ‘Survival Toolbox for Entrepreneurs'”, ou seja, “as áreas chave que é preciso dominar para se criar uma empresa”, diz Inês Santos Silva.

A batalha continua em novembro

No dia 19 de novembro, em plena Semana Global do Empreendedorismo, o Porto vai ser o palco do Startup Pirates Battle. No evento, que vai reunir dezenas de start ups europeias numa competição para decidir quem é a melhor da Europa, vai haver espaço para conferências e uma mostra de produtos. O JPN é media partner desta iniciativa e vai marcar presença no certame.

Para tal, são convidados oradores que já possuam experiência em empreendedorismo para partilharem “o seu conhecimento com os participantes”. No primeiro evento, que decorreu no Porto recentemente, o grupo contou com pessoas como “alunos de doutoramento” ou, por exemplo, “empreendedores muito experientes e com imenso sucesso”. Da primeira aventura, que originou “excelente feedback”, surgiram duas start-ups, que agora estão incubadas na UPTEC, uma das parceiras deste projeto. “Estamos bastante felizes por termos logo no primeiro evento pelo menos dois casos de sucesso”, garante.

A ideia nasceu porque toda a equipa “já tinha participado ou organizado eventos de um fim de semana focados no trabalho prático”. Do trabalho de campo surge a ideia de criar uma plataforma própria. “Sentimos que o trabalho prático não chega. É preciso aprender com quem já sabe”, diz Inês. Este primeiro evento teve, como tal, a duração de uma semana e foi “focado em conhecimentos mais teóricos com a aplicação prática”.

O objetivo agora é continuar no bom caminho. O grupo quer organizar “mais eventos em Portugal, mas também noutros países”. “Neste momento estamos a desenvolver contatos para organizar alguns eventos na Europa e um em Portugal”, explica Inês Santos Silva.

A UP como pano de fundo

Os membros do grupo Startup Pirates são todos (ou já foram) alunos da Universidade do Porto. No entanto, o caminho sempre foi o da internacionalização. “Tivemos cinco participantes estrangeiros neste primeiro evento, em inglês”, declara Inês Santos Silva.

No site, é possível ver o código de trabalhos destes piratas peculiares, que usam a expressão de Steve Jobs “Para quê ser marinheiro quando se pode ser pirata?”. Nas “leis” dos mares do empreendedorismo, uma certeza: o sentido de comunidade. “Queremos crescer como comunidade. Temos essa atenção na forma como planeamos o antes, o durante e o pós-evento. Queremos criar um grupo de pessoas em todo o Mundo que vibrem com o empreendedorismo”, asseguram.

Quem gostar da ideia e quiser implementar o conceito pode fazê-lo. A ideia é funcionar em campo aberto, desde que com guidelines definidas e licença dos organizadores originais. “Qualquer pessoa pode organizar um evento, usufruindo de um conjunto de ajudas providenciadas por nós”. No fundo, “qualquer pessoa com vontade de empreender é bem-vinda”.