De 12 de fevereiro a 15 de abril, de duas em duas semanas, Serralves promove o ciclo “O Sabor do Cinema”. Aos domingos, pelas 16h00, o auditório da Fundação recebe um filme, sempre com entrada livre.

A primeira sessão, que tem lugar já este domingo, 12 de fevereiro, conta com a projeção do documentário “Fasinpat” (2004), do italiano Daniele Incalcaterra. Este filme funciona, como se pode ler na página da Fundação de Serralves, “como primeiro painel de um tríptico dedicado aos movimentos auto-gestionários”, que terá continuação na seguinte sessão.

“Fasinpat”, rodado na Patagónia, possibilita o acompanhamento do “processo de luta dos trabalhadores em prol da manutenção dos seus postos de trabalho e da invenção de um mundo menos injusto”. Ao mesmo tempo, deixa o espetador “descobrir um elevado número de pontos comuns entre as políticas sócio-laborais na Argentina e aquelas que aqui e agora têm vindo a ser implementadas”. No final de “Fábrica Sem Patrão – Fasinpat”, está previsto um debate, assim como em todas as demais sessões.

Cinema “em tempo de vacas magras”

No total serão seis as tardes de domingo que vão contar com “O Sabor de Cinema“, programadas pela Associação Filhos de Lumiére. Ainda em fevereiro, mas a 26, tempo para duas produções francesas “Classe de Lutte” (1969) e “Entre nos Mains” (2010), de Mariana Otero.

A 11 de março será exibido “Lucebert, temps et adieux” (1994), do holandês Johan Van der Keuken, enquanto que a 25 é a vez de cinema do Cazaquistão, com “O Dia do Pão” (1999) e “V Temnote”, ambos do realizador Sergei Dvortsvoy.

No primeiro dia de abril, o ciclo cinematográfico apresenta três filmes portugueses de António Campos: “Ex-votos portugueses” (1976), “A Almadrada Atuneira” (1961) e “Falamos de Rio de Onor” (1973-74).

O encerramento de “O Sabor do Cinema”, que celebra dez anos em 2012, está a cargo de várias curtas metragens do italiano Vittorio de Seta: “Vinni lu tempu de li pisci spata” (1954), “Isole di fuoco” (1954), “Pastori di Orgosolo” (1958), “Un giorno in Barbagia” (1958) e “I dimenticati” (1959).

“Em tempos de vacas magras, este é um programa cozinhado para alimentar o pensamento e a emoção, a dignidade de quem duvida e a indignação de quem se sente”, pode ler-se na mesma página.