Esta segunda-feira foi o primeiro dia de aulas deste semestre para os alunos do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), que agora partilham as mesmas instalações. A cerimónia de inauguração para os alunos começou às 00h00 com atuações dos grupos de fados de Farmácia e da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e continuou durante o dia, com uma sessão de esclarecimento às 10h15.
A sessão pretendia apresentar as novas instalações aos alunos e docentes e contou com as presenças do presidente e vice-presidente das associações de estudantes do ICBAS e Farmácia, respetivamente, com os Dux Facultis, entidades máximas da praxe de cada faculdade, e com os diretores dos estabelecimentos de ensino.
Para o diretor do ICBAS, António Sousa Pereira, esta mudança está a ser positiva para ambas as partes, apesar de ainda não estar completa. Já o diretor da FFUP, José Costa Lima, considera que a mudança foi “apressada”, mas elogia o esforço dos docentes e alunos.
Para os alunos das duas faculdades este foi o primeiro dia numa “nova casa”. Ricardo Jorge, aluno do 3.º ano da FFUP, diz que as condições estão muito melhoradas e que esta “fusão” é benéfica para as duas faculdades.
Já Sara Ribeiro, aluna de Medicina Veterinária do ICBAS, acha os laboratórios muito pequenos e considera que ainda não estão reunidas condições para a mudança de espaço, devido à presença de algum material de construção ainda “espalhado por aí“.
Segundo os diretores das duas faculdades, o edificío só estará a funcionar perfeitamente dentro de um ou dois anos.
Futuro ainda incerto para os antigos edifícios
A abertura do complexo FFUP/ICBAS deixa ao abandono dois edifícios. O futuro reservado às antigas faculdades situadas na rua Aníbal Cunha e no Largo Prof. Abel Salazar ainda é indefinido. Segundo José Costa Lima, a reitoria manifestou a intenção de vender o edifício que alojou os alunos de Farmácia até hoje.
No que toca às antigas instalações do ICBAS, António Sousa Pereira, afirma que a traseira do edifício será devolvida à reitoria e a frente do edifício fica reservada para o ensino clínico, que não está previsto nas novas instalações.
O edificío, que hoje, segunda-feira, abriu as portas, demorou três anos a ser construído com um investimento a rondar os 60 milhões de euros.