O número de pedidos de bolsas de estudo na Universidade do Porto (UP), para o ano letivo 2011/2012, é muito próximo do valor do ano passado, mas a fiscalização está a ser mais apertada e ainda existem muitas bolsas por atribuir.

O Fisco está mais rigoroso e até “pequenas multas automóvel podem contar para bloquear candidaturas”. Como explica João Carvalho, responsável pelos Serviços de Ação Social da Universidade do Porto (SASUP), no entanto, “o controlo é 100% seguro”. Para conseguir acesso a uma bolsa de estudo é preciso ter a situação fiscal e na Segurança Social regularizadas.

As bolsas UP ainda não foram atribuídas na totalidade. No entanto, das 7089 candidaturas de estudantes “todas estão avaliadas”, garante João Carvalho. São 2505 os bolseiros definitivos mas é provável que este valor venha a subir.

O atraso na atribuição de bolsas está a preocupar o presidente do conselho fiscal da Federação Académica do Porto (FAP) e ex-presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (AEFLUP), Francisco Mota. “É inadmissível ainda haver estudantes sem bolsa de estudo em março quando, em dezembro, no máximo, já todas deviam estar atribuídas”, diz Francisco Mota, acrescentando que cerca de 900 de aproximadamente 8000 candidatos da UP estão na situação de não receber a bolsa devido a irregularidades que têm nas Finanças ou Segurança Social.

Apesar dos atrasos, Francisco Mota garante que, “curiosamente, há menos desistências da faculdade este ano” e que as desistências que conhece não se relacionam com a atribuição ou não de bolsas de estudo.

O período de candidatura a bolsa de estudo para o segundo semestre terminou. Os prazos de renovação da bolsa para o próximo ano letivo já são conhecidos. O período decorre de 4 a 20 de julho.