Faz quase um ano que um sismo e um tsunami devastaram a parte noroeste do Japão, onde o número de suicídios sofreu um aumento drástico desde então, informou esta sexta-feira o governo nipónico.

O pico desta taxa foi em maio do ano passado, quando se registaram 3375 mil suicídios. Este número corresponde a um aumento de 20 por cento face ao período homólogo de 2010 e a mais de um décimo do total anual, que atingiu os 30651 suicídios.

“Houve um sentimento de ansiedade que se espalhou no seio da sociedade japonesa após a catástrofe e suspeitamos que este sentimento possa ter constituído um fator de agravamento”, disse um representante do governo japonês, acrescentando que os casos de suicídio tiveram mais incidência entre indivíduos do sexo masculino na casa dos 30.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o Japão possui uma das taxas de suicídio mais altas do mundo.

Recorde-se que o sismo de magnitude 9,0 na escala de Richter e o tsunami fizeram cerca de 20 mil mortos e mergulharam o Japão numa catástrofe nuclear na central de Fukushima, o que abalou a economia japonesa.