O Movimento Partido do Norte (MPN) ainda não passa disso mesmo: um movimento. No entanto, esta associação política, composta por 50 membros na comissão coordenadora, continua a defender a regionalização e a recolher assinaturas por todo o norte a fim de se tornar um partido político.

Em 2011, o MPN estava empenhado nesta missão mas, no final do ano, teve de interromper a recolha de assinaturas. Ainda assim, não desapareceu. “Nós interrompemos o processo porque tínhamos de nos concentrar na campanha com o Partido Democrático do Atlântico (PDA)”, explica José Ferraz Alves, secretário-geral do movimento.

Com a participação nas eleições, o partido ganhou algum reconhecimento público. “Chegamos à conclusão que as pessoas aceitam o movimento”, diz. Finda a campanha, os membros voltaram à recolha de assinaturas. Hoje faltam duas mil para as sete mil que o Tribunal Constitucional exige para conseguirem o intuito de se tornarem um partido oficial.

Questionado sobre se a regionalização pode ser mal interpretada e um impedimento à recolha de assinaturas, o secretário-geral do MPN diz que, “à medida que os dias passam”, já nem precisa de explicar o conceito. “As pessoas defendem a regionalização mais radicalmente que nós”, afirma.

Apesar da demora a conseguir o intuito de se tornar um partido, o movimento não esmorece. “Somos gente habituada a batalhas difíceis”, garante José Ferraz Alves.