O Porto é uma ótima opção para se mergulhar no mundo da gastronomia estrangeira. Nas ruas da Invicta existe um vasto leque de restaurantes de outras culturas e nacionalidades, pelo que escolher apenas um é uma tarefa bastante complicada. O JPN “viajou” pelo Porto à procura de paladares internacionais e descobriu cinco restaurantes com sabores distintos.
Do Porto para a Hungria
Na Rua de Santo Ildefonso, n.º 118/120, perto da Praça da Batalha, encontra-se o primeiro restaurante húngaro aberto em Portugal, Zsa Zsa. Um espaço amplo e acolhedor que se divide por dois pisos. O primeiro, rés-do-chão, é o bar/cafetaria do Zsa Zsa, que “faz o papel de receção, onde as pessoas podem estar um pouco e conversar, beber um copo, enquanto esperam por amigos”, comenta Manuel Leitão, proprietário do espaço. Em cima, funciona o restaurante propriamente dito. É lá que as pessoas almoçam e jantam.
No Zsa Zsa, “é possível fazer uma refeição do princípio ao fim tipicamente húngara, incluindo o vinho. As refeições completas dificilmente chegarão aos vinte euros”, remata Manuel. “A alguém que esteja interessado em conhecer a cozinha húngara, proponho que experimente o que lá é mais tradicional: as sopas”, afirma Manuel Leitão. A mais famosa é a goulash. O bar/cafetaria do restaurante húngaro abre às 17h00, o restaurante às 19h00. Ambos fecham à 01h00. Isto, exceto ao domingo, em que abrem às 12h00 e fecham às 17h00.
Aprender línguas a gostar de sushi
Perto do Zsa Zsa, na Rua de Santa Catarina, n.º 726, encontra-se o Fuji, um restaurante japonês aberto das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00. O Fuji é um espaço amplo, decorado com motivos orientais. As cores predominantes são o amarelo e o branco. A decoração é simples, o ambiente calmo e informal. Lá, existem vários menus à hora de almoço que variam entre os seis e os nove euros. À noite, existe um rodízio a 13,90 euros onde as pessoas comem o que quiserem. As bebidas não estão incluídas, mas tem sushi e entradas.
Adriana Lemos, uma jovem estudante de Ciências da Comunicação, trabalha lá desde o início deste ano e nunca tinha provado sushi até então. “Só experimentei quando vim para cá, mas gostei imenso logo assim à primeira”, garante. “Gosto de trabalhar aqui. Ganha-se muita experiência, fala-se imenso com as pessoas. Somos obrigados a falar inglês, o que é ótimo e muito bom”, refere Adriana.
Os “Aromas e Sabores” da Índia
Um pouco mais longe, depois dos Aliados, na Rua da Fábrica, n.º 34, encontra-se o Thali Aromas e Sabores da Índia que, como o nome sugere, é um restaurante indiano. Um espaço elegante que faz a ponte entre o clássico e o moderno, o Thali tem um ambiente citadino, informal e sofisticado que, juntamente com a gastronomia, tem como objetivo conduzir os clientes do restaurante numa viagem de sabores à Índia. A carta do restaurante é vasta. O aroma e o sabor das entradas abrem o apetite a qualquer pessoa.
Bhoguendra Handracante, mais conhecido por Boggi, é o proprietário do Thali e, a quem ousa experimentar os mais carismáticos sabores da Índia, ele aconselha Tikka Masala ou Kashmiri. “O Tikka Masala tem um sabor suave e cremoso. O Kashmiri é mais forte e condimentado”, salienta. O restaurante está aberto de segunda a sábado, das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00.
Entre tapetes, shisha e kebaps
Perto do Thali, na Praça Filipa de Lencastre, n.º 162, o restaurante Divan é um bom local para passar o tempo num ambiente exótico e irreverente, que se divide por dois pisos, decorados com quadros, tapetes e outros objetos vindos da Turquia. O Divan aposta na cozinha turca e lá, além de refeições, também se pode lanchar e tomar chá, beber um copo, um café e até fumar shisha de vários sabores.
Ahmet Dolgun, mais conhecido por Zaza, é irmão da proprietária do Divan. Vem da Turquia e trabalha no restaurante há sete anos. “A comida turca vai desde os kebaps aos grelhados e pratos de pizza, mas os pratos mais vendidos são os snacks de kebaps”, afirma. Um menu completo para uma pessoa, com batatas fritas, salada e bebida, fica entre seis e dez euros. O Divan está aberto todos os dias das 12h00 às 02h00, exceto à sexta e ao sábado, em que a hora de fecho se prolonga até às 03h00.
Portugal e Itália juntos à mesa
Localizado perto da Rotunda da Boavista, um pouco mais distanciado dos outros restaurantes e aberto há 20 anos, na Rua Dr. Carlos Cal Brandão, n.º 22, o Toscano é um bom local para se “viajar” até Itália, embora também se confecionem lá alguns pratos portugueses. O ambiente é calmo e intimista, o espaço decorado com vários objetos, entre eles, um piano (que os clientes estão convidados a utilizar). “É um restaurante muito acolhedor e pequeno”, afirma Artur Santos, responsável pelo design, logística e relações públicas do Toscano.
Aqui, os pratos mais procurados são as pastas e uma refeição para uma pessoa pode variar entre os 15 e 20 euros. “Venho cá muitas vezes como cliente. Enquanto isto for um restaurante, não penso deixar de vir aqui”, garante Artur, acrescentando que a “comida italiana acaba por ser um tipo de prato acessível a todos em termos de gosto”.