A Casa da Música foi inaugurada em abril de 2005 e rapidamente se tornou numa das principais casas de concertos no Porto. Num estudo desenvolvido em conjunto com a EGP – University of Porto Business School (EGP – UPBS), a Casa da Música procurou conhecer e caracterizar o seu público e os seus comportamentos, assim como perceber o impacto que a Fundação teve na cidade e na cultura da Invicta ao longo dos quase sete anos de atividade.

No que toca ao papel da Casa da Música no contexto portuense, revela o estudo, 76,4% dos inquiridos acredita que esta contribui largamente para o aumento e valorização da oferta cultural, enquanto 54% acredita que é uma marca que promove a própria cidade. Dos 1328 inquiridos, 74,1% reconhece que a Casa da Música é importante no que diz respeito à educação e formação musical do público, sendo que 68% considera que a comunicação da Casa da Música é eficaz ou muito eficaz.

Tal como acontece no país e no mundo, o público da Casa da Música é maioritariamente feminino (52,3%). O público inquirido estende-se dos 16 aos 93 anos, sendo que cerca de 30% se situa na faixa etária que compreende idades entre 26 e 35 anos. No que concerne à origem, a grande maioria é residente no concelho do Porto, mas 5% dos inquiridos são de nacionalidade estrangeira. O estudo revela, ainda, dados quanto à formação e emprego dos inquiridos, concluindo-se que a maior parte tem formação superior e trabalha por conta de outrem. Grande parte dos espetadores são docentes, estudantes e reformados.

Público acha justo preço dos bilhetes

Quem vai à Casa da Música costuma levar companhia e apenas 13% dos inquiridos se apresenta sozinho. O estudo revela, também, um alto grau de fidelidade à programação da Casa da Música, com 38% dos inquiridos a visitar o espaço pelo menos uma vez por mês e cerca de 10% a fazê-lo numa base considerada regular. Mais de um terço dos frequentadores admitiu reservar entre 30 a 60 euros do seu orçamento familiar mensal para atividades culturais e mais de metade do público acha justo o preço cobrado pelos bilhetes dos espetáculos.

Este estudo incide apenas sobre a programação dos concertos, deixando de fora da avaliação, por exemplo, visitas guiadas e atividades educativas. Além dos números já apresentados, o estudo deixa, igualmente, indicadores positivos sobre a aprovação do público quanto ao horário dos espetáculos, a qualidade de som das salas, os programas apresentados e o maestro.

O estudo teve por base uma dupla metodologia, qualitativa e quantitativa. O estudo quantitativo decorreu de maio a setembro de 2011. A amostra de espetadores foi constituída por 1328 inquéritos, com um intervalo de confiança de 95%, para um erro máximo de amostragem de 2,5%.