A comunidade judaica turca está indignada com uma campanha publicitária a uma marca de champô do país, diz o jornal Daily Mail. No anúncio aparecem imagens de Adolf Hitler onde uma voz dobrada dá a entender que Hitler aconselha os homens a não usarem champô para mulher.

A empresa B’iota, que fabrica o champô Biomen afirma tratar-se apenas de uma publicidade humorística e não tem intenções de alterar o anúncio. Já os líderes da comunidade judaica na Turquia asseguram que se trata de “um enorme insulto aos direitos humanos” e o líder, Silvyo Ovadya, quer recorrer a tribunal.

Num comunicado publicado no site oficial da comunidade judaica na Turquia pode ler-se que “é inaceitável usar-se a imagem de Hitler de forma a chamar a atenção num anúncio de índole comercial”. A comunidade adianta, ainda, a importância que um “pedido de desculpas público” tem para “reparar os danos morais que este anúncio publicitário provocou na consciência da sociedade”.

Também a organização norte-americana Liga Anti-Difamação se mostra “repugnada” com esta situação. Num comunicado no site oficial, o diretor da Liga Anti-Difamação, Abraham H. Foxman, defende que a publicidade se trata de uma “estratégia de marketing revoltante e deplorável”.