Entre 2005 e 2009, o número de licenciados em informática em Portugal desceu dos 5,1% para os 1,7%. O resultado está aquém dos 3,4%, valor da média europeia, como mostra um estudo recente do Eurostat.

No mestrado integrado em Engenharia Informática e Computação, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), entram todos os anos 105 alunos. Augusto Sousa, diretor do mestrado, diz que “o número de saídas para o mercado de trabalho tem-se mantido ao longo dos anos”. António Porto, presidente do departamento de Ciências de Computadores na Faculdade de Ciências da UP (FCUP), também diz não conhecer alterações quanto ao número de saídas no seu curso.

Para Augusto Sousa, um aumento de vagas “responderia a uma necessidade de mercado”. O docente manifesta a vontade de aumentar o número do curso, mas encontra barreiras neste processo, como explica. “Não há falta de emprego, mas sim falta de engenheiros”, remata.

“Não há desemprego nestas áreas”

O desemprego não é uma realidade na área da informática. Augusto Sousa considera-se um “diretor feliz” pela atual empregabilidade que o curso oferece. O desenvolvimento das áreas tecnológicas torna-as “quase imunes ao desemprego e à atual conjuntura”.

“Todas as semanas recebo aqui empresas à procura de licenciados”, conta. O diretor do mestrado diz ainda que não conhece nenhum dos seus alunos que esteja, de momento, desempregado.

A Universidade do Porto oferece várias possibilidades para quem quer fazer da informática futuro. Desde mestrados integrados em Engenharia Informática e Computação e Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, na FEUP, à licenciatura em Ciências da Computação, da FCUP, as portas para o mundo da informática são várias.