Muito brevemente vai surgir a primeira aplicação a nível nacional que permite chamar um táxi. Esta aplicação para smartphones vem no seguimento da investigação que também está a desenvolver um sistema de previsão do número de serviços requisitados pelos clientes dos táxis. Um projeto que conta com a parceria da Geolink, empresa de sistemas de geoposicionamento, e a companhia RadiTáxis.

“Dentro de dias, a Geolink vai lançar esta aplicação para a chamada de táxis”, afirma Michel Ferreira, professor no Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e responsável pelo Instituto de Telecomunicações, que tutela o projeto.

Numa altura em que “a quota dos smartphones está a crescer enormemente” e ultrapassa a venda dos telemóveis “normais”, como aponta Michel Ferreira, a nova aplicação pode ser instalada gratuitamente nos iPhone ou Android. O investigador está confiante de que as pessoas vão preferir chamar um táxi com “dois toques no telefone” do que terem de perder tempo e dinheiro, como habitualmente fazem, a ligar para a central.

Simulação de taxímetro

Depois de instalada, a aplicação reconhece a posição do utilizador, oferecendo-lhe as opções disponíveis nos táxis mais próximos. De seguida, o utilizador apenas precisa de escolher se quer um táxi com ar condicionado, possibilidade de transporte de animais e/ou mais espaço para bagagem. “Enviamos o pedido e recebemos, quase instantaneamente, o número do táxi atribuído”, prossegue Michel Ferreira. “Depois só temos de esperar algum tempo para o táxi chegar”, acrescenta.

Durante o percurso, a aplicação continua a ser útil com a simulação de um taxímetro e alguns detalhes sobre o trajeto. No final, os passageiros têm a oportunidade de avaliar o nível de conforto da viagem, critério que passa a estar disponível nas próximas utilizações. Os táxis podem ser valorados com recurso a “estrelas”, o que “permite premiar quem presta um bom serviço”, conclui o investigador.

Trata-se de uma ideia sem quaisquer custos para o utilizador, sendo que tanto a aplicação como a chamada são gratuitas. “A pessoa só paga o que aparecer no taxímetro” do táxi ou da aplicação, remata Michel Ferreira.

A investigação desenvolve-se no âmbito dos projetos DRIVE-IN (Distributed Routing and Infotainment through VEhicular Inter-Networking) e MISC (Massive Information Scavenging with Intelligent Transportation Systems) e resulta de uma parceria internacional entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e uma universidade dos EUA. Além da FCUP, também participam no projeto a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a Universidade de Aveiro.