O Rali de Portugal, a mais importante prova da modalidade a nível nacional e com maior representatividade internacionalmente, comemora este ano a 46.ª edição. São 114 os pilotos inscritos na prova, dos quais nove são portugueses.

Armindo Araújo é o piloto português com maiores aspirações, ao lutar pelos lugares cimeiros contra os favoritos da prova, o francês Sébastien Loeb (Citroen DS3 WRC), o finlandês Mikko Hirvonnen (Citroen DS3 WRC) e os noruegueses Peter Solberg (Ford Fiesta) e Mads Ostberg (Ford Fiesta RS). O Rali terá uma extensão total de 1564,26 quilómetros, num total de 22 provas.

Fernando Petronilho, responsável pela comunicação do Rali de Portugal, afirma que “as expetativas são as melhores e as mais risonhas”. Das iniciativas já levadas a cabo, Fernando salienta que o ensaio geral foi “brilhante”, quer pelo público, quer pelos atletas. “A jornada de Fafe foi um evento espetacular, quer pela adesão dos espectadores quer pela maneira como os pilotos se entregaram a isto”, diz o responsável.

Quando à etapa que tem início hoje, quinta-feira, Fernando Petronilho confirma que, “neste momento, está tudo a postos para começar em Lisboa”. A existência de classificativas noturnas é a grande novidade deste ano. “Vamos ter hoje, pela primeira vez e após muitos anos de ausência, o regresso das classificativas noturnas”, confirma Fernando. Será uma nova experiência quer para a maioria dos pilotos, uma vez que muitos “não estão habituados, só conduzem em troços de dia, quer para a organização”.

O percurso

Quanto à preparação do troço, por questões relacionadas com a meteorologia, Fernando admite que “a maior dificuldade de hoje poderá ser, eventualmente, o pó”. No entanto, foram já tomadas algumas precauções por parte da organização. “Alargamos o intervalo de partida entre os pilotos para três minutos e vamos regar as zonas mais problemáticas das classificativas de hoje”, enumera o responsável. Os primeiros 3,5 quilómetros de Gomes Aires e a totalidade do troço de Ourique são as zonas contempladas. Há, contudo, a possibilidade de chuva nas regiões afetadas pela corrida, o que poderá “favorecer a prova”.

De resto, as condições climatéricas podem alterar a estratégia que os pilotos adotaram na escolha da ordem de partida. A Ford e a Citroen estiveram de costas voltadas na hora da escolha, com os pilotos da Ford a optarem pelos últimos lugares, uma vez que tiveram a possibildade de escolher primeiro, e os da Citroen a ficarem com os dois primeiros lugares. Os olhos estão postos no céu, na expetativa de haver ou não precipitação.

Quanto à continuidade do rali em Portugal, Fernando afirma estar previsto que “a prova possa manter o nivel organizacional que tem caracterizado as últimas edições”. “Para Portugal, para o turismo e para as entidades envolvidas, ter uma prova no campeonato do mundo é importante, é o expoente máximo desta categoria”, explica o responsável. Fernando acrescenta que a competição “tem dado provas de capacidade e é uma das mais cotadas no campeonato do mundo” tendo, por isso, “todas as condições para continuar a aspirar à manutenção desse estatuto”.

O Rali de Portugal foi considerado por cinco vezes o melhor rali do mundo. No entanto ficou fora do calendário mundial de 2001 a 2006 e em 2008, devido à rotatividade. A possibilidade de serem atribuídos ralis a outros países europeus assombra a continuidade do rali português no circuito mundial.