O Reino Unido pretende a monitorização de toda a atividade online no país. Emails, utilização de sites e redes sociais podem vir a ser controlados. O objetivo é criar ferramentas de apoio ao combate do crime e terrorismo, mas os críticos da proposta acusam o governo de invasão de privacidade.

Os orgãos de comunicação do país avançam que a nova medida pode ser anunciada já a 9 de maio, aquando do discurso da Rainha. Um porta-voz do ministério do Interior, citado pela BBC, explica que é “vital que a polícia e os serviços de segurança sejam capazes de obter dados de comunicações para investigar crimes sérios e [atos de] terrorismo, e para proteger as pessoas”. A ideia é que as autoridades continuem a aceder a essa informação, mesmo com a evolução das tecnologias.

O governo tem a preocupação de adaptar a legislação às liberdades civis, mas os britânicos queixam-se de ataque à privacidade. A proposta dos conservadores é vista como “desnecessária” pelos deputados do próprio partido, como David Davis.

A oposição política, popular e empresarial vê a medida como uma atitude drástica para uma democracia e que se pode aproximar do tipo de vigilância de países como a China e Irão.

O governo de David Cameron pretende também que os serviços de informação possam ter acesso a chamadas telefónicas, sem a necessidade de mandado judicial.