Mark Cracknell e Nathan Hoad, de 21 e 25 anos, são os dois australianos responsáveis pela criação de uma nova rede social. O Kondoot é um site que pretende combinar o carregamento e partilha de vídeos com a transmissão em direto de acontecimentos por qualquer pessoa.

Já com presença em 137 países, o objetivo é ir mais além do tão conhecido YouTube.
“Nós quisemos criar algo realmente interativo para os utilizadores partilharem e comunicarem através do vídeo em direto, não só entre profissionais e empresas como entre família e amigos”, explica ao JPN Mark Cracknell, co-fundador e diretor executivo da Kondoot.

A plataforma não pretende ser como o que já existe.. A ideia é incentivar os membros registados na comunidade da rede a partilharem vídeos em direto de diferentes acontecimentos da sua vida. Pode tratar-se de uma partilha de um concerto em tempo real ou simplesmente de um evento ao acaso na cozinha lá de casa.

Aos músicos, os criadores do site também oferecem a possibilidade de vender bilhetes “virtuais” para concertos transmitidos em direto na plataforma. Nestes casos, para assistir “virtualmente” ao espetáculo, o utilizador tem de comprar o bilhete e entrar no site durante a transmissão. “Um utilizador que faça o log in pode criar um evento e vender bilhetes para o mesmo, escolhendo o preço que quer cobrar. Uma percentagem da venda reverte para o contínuo desenvolvimento da plataforma”, afirma Mark Cracknell.

Já estão desenvolvidas aplicações para iPhone e Android e o site permite aos utilizadores pesquisar qualquer evento ou pessoa, “seguir” esses membros e comentar à medida que veem os vídeos.

“Os grandes como o Facebook e Google+ trabalham na área social, o Livestream e Ustream na área do vídeo. Nós queremos combinar as duas”, explica o co-fundador. “A Kondoot difere de outras redes sociais por se focar na transmissão de vídeos em direto, desde videochamadas a vídeos de web cameras. Nós somos os primeiros no mundo a permitir isto, numa verdadeira conecção social, como plataforma ‘live’ e social e acesso a transmissões pagas”, diz.

Mark garante que o site será traduzido para outras línguas assim que os utilizadores estrangeiros aumentem. “Temos recebido um bom feedback de Portugal e estamos ansiosos por disponibilizar a página em português”, refere.

No final de março, o serviço disponibilizou uma nova funcionalidade: agora não é só possível transmitir em direto acontecimentos, como também filmá-los e fazer o “upload” posterior para o site.

A dupla passou 16 meses a pensar e preparar a plataforma, que ficou disponível nos Estados Unidos da América em dezembro. A expansão a outros países ainda decorre, mas o site já tem uma adesão forte nos EUA e Ásia. Ainda não há dados sobre o número de utilizadores mas os jovens contam com a ajuda do Facebook para divulgarem o projeto.

Notícia atualizada às 11h59 de 10 de abril de 2012.