À margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, que decorreu esta quarta-feira em Estrasburgo, a Comissão Europeia apresentou um plano de combate ao desemprego na União Europeia. Numa altura em que o número de desempregados na Europa atinge os 23 milhões, a comissão pretende fomentar a aposta na “economia verde”, na saúde e nas novas tecnologias.

Segundo o site oficial da Comissão Europeia, o comissário europeu para o emprego, Laszlo Andor, afirma que “os níveis atuais de desemprego na União Europeia são dramáticos e inaceitáveis”. O comissário defende que “a criação de trabalho tem de ser uma prioridade europeia real”.

Durante uma sessão em que também foram apresentadas medidas para tentar combater a situação aflitiva da Grécia, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, ressalvou o facto de que “a ‘economia verde’, o setor da saúde e as novas tecnologias irão criar 20 milhões de novos postos de trabalho nos próximos anos”.

Para além da aposta nos três setores indicados como fulcrais, este novo pacote laboral pretende estimular a “flexibilidade interna, de forma a reduzir a insegurança no trabalho e os custos fiscais, aproveitando as lições aprendidas com a crise”. Bruxelas apela, também, à implementação de “salários estáveis e dignos”, de forma a evitar situações de trabalho precário.

Uma das principais apostas deste plano é aumentar a cooperação entre os países da UE, de modo a criar um “mercado de trabalho dinâmico e inclusivo”. Para isso, pretende remover obstáculos à movimentação livre de trabalhadores dentro dos países comunitários, pedindo que seja permitida, por exemplo, a “exportação dos benefícios de desemprego” para quem procura trabalho noutro país, durante um período máximo de seis meses.

De resto, Laszlo Andor recebe, esta quinta-feira, em Bruxelas, o secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e o secretário de Estado do Emprego, Pedro Silva Martins, para discutir o plano de combate ao desemprego jovem em Portugal.