Os serviços de estafeta começaram a ser utilizados no início do século XX nos Estados Unidos da América, para entregas de mercadorias, jornais ou presentes mas, sobretudo, a um nível profissional entre empresas.

Desde o dia 2 de abril que circula no Porto a HandBikeHand (Oporto Bike Messenger), a primeira empresa de estafetas de bicicletas na cidade. Ricardo Duarte, mentor e fundador do projeto, revela que o conceito surgiu depois de ter verificado a vantagem deste tipo de serviço em várias cidades europeias e americanas. Juntou-lhe o gosto pelas bicicletas e verificou, “em pesquisas na Internet, que isto era algo que existia há já muitos anos.”

A partida definitiva para montar o negócio deu-se há seis meses. “Estava desempregado e juntei o útil ao agradável”, diz. Decidiu, então, “começar a pôr a ideia em papel e organizar tudo, desde o site ao logótipo, passando pelos contactos”.

É Ricardo quem faz as entregas, contando com ajuda na parte mais administrativa. Um mensageiro consegue, no máximo, transportar quatro quilos. Tudo é transportável, “desde que dê para levar numa messenger bag, que é uma mochila que é usada pelos mensageiros e que dá para levar até algo muito volumoso”, explica.

A empresa pode ser contratada para fazer entregas pessoais, mas está à procura de parcerias com outras firmas. “É algo inovador. Ainda andamos a contactar as firmas, no sentido de dar a conhecer”. Nesta fase inicial, Ricardo Duarte não deixa de destacar os objetivos da HandBikeHand para o futuro: “alargar a equipa de mensageiros” e aumentar a área de trabalho.

O serviço, exclusivo na Invicta, funciona de segunda a sexta-feira entre as 09h00 e as 18h00. Para pedir uma entrega basta aceder ao site e preencher o formulário. As tarifas variam de acordo com a zona da cidade em questão. Por agora, os limites geográficos são “de Campanhã até à Foz”, mas o objetivo é alcançar a Área Metropolitana do Porto.

A grande vantagem deste serviço prende-se com a fuga ao trânsito e às dificuldades de estacionamento, mas também com o meio ambiente. “Em termos ambientais é ideal. Torna a cidade mais limpa, mais sustentável e até impulsiona as pessoas a dar um uso mais regular à bicicleta”, remata Ricardo Duarte.