Uma equipa da Universidade de Stanford acredita ter encontrado uma relação entre um tipo de personalidade e uma maior vulnerabilidade ao cancro, diz, em comunicado a instituição. Pessoas com maior tendência para nervosismo e ansiedade podem estar mais facilmente expostas ao aceleramento do cancro, revela o estudo que foi publicado ontem, quarta-feira, na revista “PLoS ONE”.
A equipa é liderada pelo especialista em stresse e imunologista Firdaus Dhabhar que desenvolveu estudos de uma ideia que já estaria há mais de 50 anos sem resposta. O estudo foi desenvolvido utilizando ratos como cobaias.
Em primeiro lugar, foram realizadas duas experiências distintas de forma a despistar os ratos mais nervosos. De seguida, as cobaias foram sujeitas a radiação ultravioleta, de forma a criar uma exposição idêntica à de quem passa demasiado tempo ao sol. Após o aparecimento de cancro da pele nas cobaias, a equipa testou as diferenças entre os mais e menos nervosos.
Dhabhar conclui que os ratos de laboratório mais nervosos sofreram as lesões mais graves e que apenas esse grupo sofreu metástases, disse ao iOnline. O investigador acrescentou que as cobaias mais ansiosas tiveram níveis mais elevados de uma molécula que parece atrair um tipo específico de glóbulos brancos, que combatem a “imunidade protetora que poderia ser dirigida às células cancerígenas”.
O investigador e a equipa têm, ainda, mais metas a atingir como testar se a toma de medicamentos para a ansiedade em períodos de tempo limitados podem ser benéficos.