O estado norte-americano do Connecticut aboliu a condenação à pena de morte tornando-se o 17º a fazê-lo. No panorama geral dos EUA o estado juntou-se à minoria dos que tomaram esta decisão mas acentuou a tendência, verificada nos últimos anos, de abolição da pena capital no país.

“É um momento para reflexão sóbria, não para celebração”, afirma o governador do estado, Dannel Malloy, em comunicado ao mesmo tempo que relembra ter sido a favor desta condenação no passado. No entanto, erros da justiça fazem-no acreditar que esta é a “única forma de assegurar que a pena não seria injustamente imposta”.

Para além disto, Dannel Malloy acredita que esta é uma forma de acabar com o protagonismo que se dá aos condenados que, ao longo dos anos, atrasam o seu processo com sucessivos apelos. “As pessoas deste estado pagam apelo atrás de apelo e vêem uma vez após outra os réus a marcharem em frente às câmaras, dando-lhes uma plataforma de atenção pública que eles não merecem”, diz.

Nos últimos 52 anos apenas duas pessoas foram executadas no estado mas esta abolição não se aplica aos onze casos que, atualmente, já estão sentenciados com a pena. Ainda assim, o governador acredita que os condenados acabarão por morrer “de idade avançada” e não executados.

O Michigan foi o primeiro estado norte-americano a abolir a pena de morte e, nos últimos anos, foi a vez de Nova Jersey, Novo México, Nova Iorque e Illinois. Agora junta-se a este grupo o Connecticut e, ainda este ano, a Califórnia vai fazer um referendo sobre o assunto.