As contas do município foram o tema central da conferência organizada pelo Bloco de Esquerda (BE) portuense, esta segunda-feira. José Castro, deputado na Assembleia Municipal, aproveitou a ocasião para, na sede distrital, relembrar os principais problemas que afetam o Porto.

De acordo com José Castro, as contas apresentadas pela Câmara Municipal do Porto (CMP) e mencionadas, durante a conferência, pelo BE, refletem “uma degradação da situação social e financeira da própria autarquia”. Com o desemprego a aumentar, atingindo um número superior a 17 mil desempregados, impunha-se, diz, “uma câmara municipal que tivesse um conjunto de investimentos e de atuações que ajudassem a atrair empresas e emprego”.

Ainda segundo os números revelados, desde 2005 até à atualidade que o investimento diminuiu cerca de 50%, facto que José Castro considera ser “um sinal dramático”. O deputado afirma, ainda, que a cidade “precisa de um investimento bem orientado, mas de despesa pública, neste caso, do munícipio”.

Para além do corte dos desperdícios, José Castro pensa que é “absolutamente essencial ter uma política de investimento em realizações, em iniciativas que atraiam gente de fora para a cidade e dinamizem o tecido económico”.

Os números relatam, também, que, em 2002, o valor do orçamento era de 250 milhões de euros e, em 2011, o valor não atingiu o 184 milhões de euros. Para o deputado, tal facto “está a traduzir-se em encargos para o futuro que são absolutamente inaceitáveis” e isto “é o exemplo de uma gestão” que o partido considera “absolutamente desastrosa”.