Fernando Lopes, considerado uma das referências do cinema português, morreu esta quarta-feira, aos 76 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, onde já estava hospitalizado. O cineasta contava com uma carreira de 50 anos, tendo começado o percurso profissional na televisão: trabalhou na RTP e foi fundador e diretor da RTP2.

Mais tarde, optou por trabalhar em cinema e foi nessa área que se destacou. O cineasta trabalhou como realizador, editor, produtor e ator, em mais de 50 obras, entre elas “Belarmino” (1964), “Uma Abelha na Chuva” (1972), “Nós Por Cá Todos Bem” (1976) e “Crónica dos Bons Malandros” (1983). Em 2002, Fernando Lopes realizou “O Delfim”, a partir da obra de José Cardoso Pires, com o argumento escrito por Vasco Pulido Valente. A última obra de Fernando Lopes foi “Em Câmara lenta”, escrito por Rui Cardoso Martins, e estreou em março deste ano.

O percurso do cineasta conta, ainda, com a formação pela London Film School e com um estágio em Hollywood. O trabalho de Fernando Lopes foi várias vezes premiado e o cineasta conta com uma condecoração pelo governo francês com a Ordem do Mérito Artístico e com a Ordem do Infante D. Henrique, pelo então presidente da República, Mário Soares.