O E-storias D’igualdade, projeto iniciado em janeiro pela Associação Para a Cooperação Entre os Povos (ACEP), dedica-se maioritariamente a profissionais e estudantes de comunicação, com quem tentam debater os estereótipos de género.

A iniciativa assenta em vários eixos, sendo um deles as tertúlias, organizadas desde março de 2012. O principal objetivo destas tertúlias é o de juntar “pessoas ligadas à comunicação, de várias associações locais e da comunidade”, explica Cláudia Cerqueira, técnica do projeto E-storias.

As tertúlias são desenvolvidas nos distritos do Porto e Braga. A primeira foi realizada na cidade de Guimarães, no dia 8 de março, sob o tema “Que género de cultura?”. Aproveitando o facto da cidade receber, este ano, a Capital Europeia da Cultura, os assuntos debatidos estavam relacionados com a temática do género na cultura, com o intuito de perceber se ainda existem “assimetrias de género” nesta área. Nesta sessão, procurou-se, ainda, perceber as diferenças dos papéis instituídos entre homens e mulheres e qual a função que os agentes culturais podem ter no que diz respeito à fomentação da igualdade de género.

A segunda tertúlia está marcada para 3 de maio e vai realizar-se na livraria Gato Vadio, no Porto. O tema em debate intitula-se “Que género de economia?” e, segundo a técnica do E-storias d’Igualdade, a temática foi escolhida por ser “extremamente atual e pertinente”.

“Que género de economia?” tem por intuito saber até que ponto existem desigualdades de género entre homens e mulheres no que diz respeito à vertente económica. Outras questões a ser debatidas estão relacionadas com a ascenção a certos cargos profissionais e a determinadas áreas, pois, “em termos percentuais, ainda existe uma assimetria vísivel”. “Os grandes cargos ligados à vertente económica são ainda bastante associados ao homens”, garante Cláudia Cerqueira, pelo que se pretende analisar os “custos que têm estes desequilíbrios de género para a sociedade”.

A tertúlia é aberta a toda a comunidade portuense. Estão convidados nomes como José Soeiro, dirigente do Bloco de Esquerda (BE), Maria Cândida Rocha e Silva, presidente do Conselho de Administração do Banco Carregosa, Daniel Deusdado, jornalista e Ana Cláudia Albergaria, técnica da Rede Europeia Anti-Pobreza do Porto.