Segundo dados divulgados a 30 de maio pela Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragens e Circulação (APCT), os jornais de imprensa diária jornalista apresentam uma quebra de 4% nas vendas nos dois primeiros meses de 2012. A média de circulação paga no primeiro bimestre do ano foi de 266035 exemplares, o que representa a venda de menos dez mil publicações diárias em relação ao mesmo período de 2011 – que apresentava uma média de 276 913 mil exemplares diários vendidos em banca e através de assinatura em papel.
O “Correio da Manhã”, jornal do grupo Cofina, continua como líder de vendas da imprensa diária. Apesar de também registar uma quebra nas suas vendas, o “CM” continua a ser o jornal com a melhor média de exemplares vendidos: 119380 exemplares no primeiro bimestre de 2012, uma descida de 6% em relação ao período homólogo de 2011.
Já o “Diário de Notícias”, do grupo Controlinveste, foi o único apresentar um saldo positivo em relação às vendas de 2011. O “DN” vendeu uma média de 31284 jornais por dia. Comparando com os resultados do primeiro bimestre de 2011 (25123 exemplares), o jornal dirigido por João Marcelino evidenciou uma subida de 24,5% na circulação paga.
Os jornais “Jornal de Notícias” e “Público” foram os que demonstraram maior quebra nas vendas em relação a 2011. Em média, o “JN” apresentou uma circulação paga de 79151 exemplares nos primeiros dois meses de 2012, menos 7483 do que em igual período de 2011 – uma descida de 8,6%. Já o “Público” acabou fevereiro com uma média de 29362 vendas diárias, menos 4,6% em relação à média de 30761 jornais vendidos diariamente em 2011.
Já o jornal “I” foi o único a aumentar as vendas em banca, com uma subida de 8,1%, subindo dos 4289 exemplares vendidos em janeiro e fevereiro de 2011 para 4630 em período homólogo deste ano.
Semanários descem e Jornal de Negócios sobe
Os semanários “Expresso” e “Sol” acompanham a tendência dos diários e também apresentam quebras acentuadas nas vendas. Em média, o “Expresso” vendeu 96380 exemplares, uma quebra de 4,5% em relação aos 100871 jornais vendidos no primeiro bimestre de 2011. Já o “Sol” apresenta uma descida de 12,33%, tendo vendido, em média, menos 4208 do que em 2011.
No que toca aos jornais do segmento económico, o “Jornal de Negócios” conseguiu fugir à regra, apresentando uma média de 10146 vendas diárias. Este número representa uma subida de 3,71% face aos 9782 jornais vendidos nos primeiros meses de 2011. Já o “Diário Económico” teve uma quebra de 1,54%, ao vender 15564 exemplares diários em janeiro e fevereiro de 2012, menos 243 do que em 2011.