A Queima das Fitas abriu com polémica. Na Monumental Serenata, que teve lugar na madrugada de sábado para domingo, o Grupo de Fados do Orfeão Universitário do Porto (OUP) envolveu-se em altercações com membros do Magnum Consilium Veteranourum (MCV). A “troca de galhardetes” terminou, depois, num confronto físico onde esteve envolvido o “Dux” do Instituto Superior de Engenharia (ISEP) e membros do OUP.

De acordo com Rui Araújo, presidente do OUP, tudo começou quando foi barrada a entrada ao grupo de fados do OUP que, habitualmente, abre a Monumental Serenata. Apesar de não ter presenciado pessoalmente, Rui Araújo afirma que “lhe chegou aos ouvidos” que o “Dux” do ISEP agrediu membros do Orfeão.

Já Américo Martins, “Dux veteranorum” da Academia do Porto, tem uma versão diferente. O “líder” máximo da praxe afirma que quem começou os tumultos foram os orfeonistas que, depois de agarrarem um membro do Grupo de Fados da Faculdade de Letras, agrediram a soco o responsável máximo pela praxe do ISEP. Américo Martins defende o membro do MCV, dizendo que este apenas reagiu às agressões.

Tudo isto se proporcionou porque os orfeanistas, impedidos de atuar em palco, começaram a fazê-lo no meio da rua. Esta versão, que é comum às duas fontes ouvidas pelo JPN, despoletou todo o rol de agressões. Enquanto uns atestam a legitimidade do ato, visto que tradicionalmente é o grupo de fados do OUP que abre a Serenata, outros alegam que esta atuação foi feita à revelia. Tudo acabou com o grupo de Fados do OUP a fazer uma serenata alternativa nas escadas dos Clérigos.

Rui Araújo lamenta o sucedido, dizendo que “a tradição académica e o seu órgão mais antigo foi vilmente atacada”. O presidente do OUP vai mais longe e denuncia a “podridão” que vai dentro do MCV, revelando os “jogos de interesses” feito por aqueles que tentam “manipular” algo que foi feito para os estudantes. Por seu lado, Américo Martins, antigo orfeonista, confessa-se magoado com a atitude da instituição. “A situação é muito grave”, lamenta.