A ideia de criar um negócio por conta própria surgiu em 2010. Eduardo Soares, um dos gestores da loja, conta como nasceu a Gmask. “Estávamos desempregados e decidimos criar o nosso próprio negócio”, explica. “A ideia até foi da mulher do Luís. Nós gostamos e começamos a fazer diligências para isso”, conta Eduardo.
A loja é a primeira em Portugal, mas a empresa-mãe está sediada em Singapura. “Isto é um ‘franchising’. Na altura, fomos à Grécia ver uma loja e gostamos bastante do conceito”, partilha Eduardo. O obstáculo mais difícil à abertura de portas foi o processo burocrático. Luís Matos, também gerente da loja, avança que “a aprovação do projeto demorou mais de um ano”.
Ultrapassado este aspeto, a loja abre em dezembro de 2011. Com poucos meses de vida, os dois gerentes admitem as dificuldades associadas à crise. “No início, não correu muito bem, mas agora tem crescido, embora se notem os efeitos da crise”, afirma Eduardo. “Se não tivéssemos esperado tanto tempo pela aprovação do projeto tudo teria sido mais fácil, até em termos de divulgação”, confessa.
Naturais do Porto, os dois amigos não têm para já intenção de expandir o negócio para outras cidades do país. “Por investimento próprio, não”, diz Luís. “Se conseguirmos arranjar parceiros que confiem no projeto, é um caso a pensar”, afirma.
“Nós vendemos diferenciação e personalização”
A Gmask personaliza telemóveis, tablets, ratos de computador e até molduras digitais. A ideia é dar asas à diferença, dar espaço a cada pessoa para se afirmar de uma forma mais simples. “A moda somos nós que a fazemos”, defende Luís. “O nosso objetivo é que cada um mostre um pouco da sua personalidade através de um objeto de uso tão comum como é um telemóvel ou um tablet”, completa.
Os preços variam entre os 20 e os 75 euros e Eduardo afirma que isso não é um problema. “Nós não estamos a vender um bem de primeira necessidade”, remata. “Neste tipo de coisas, o preço não é uma dificuldade”, garante. Eduardo utiliza um exemplo comparativo: “É um pouco como uma tatuagem: se as pessoas quiserem mesmo fazer não olham muito ao preço”.
A empresa conta também com filiais no Reino Unido, Alemanha e Áustria, entre outros países espalhados pelo mundo. A loja de Atenas fechou entretanto, mas Eduardo e Luís confiam no futuro do negócio. “Não podemos ficar sempre a pensar que as coisas vão correr mal, há que andar para a frente”, finaliza Luís.