Mais de um ano depois da manifestação da “Geração à Rasca” ter reunido, no Porto, dezenas de milhares de pessoas, a cidade volta a receber um protesto mobilizado através das redes sociais. A “Global Spring“, ou “Primavera Global” vai percorrer países como Argentina, EUA, Espanha ou Grécia entre 12 e 15 de maio e também vai marcar presença em Portugal. Esta iniciativa resulta de uma convergência de ações entre diversos movimentos apartidários que reclamam contra a crise e a corrupção em todo o mundo.
O projeto, que marca maio como um mês de ações globais, surge depois da “primavera árabe” e dos diversos movimentos “occupy” e encontra nas redes sociais a sua plataforma principal. Apesar dos cartazes que decoram as ruas do Porto, a maior parte da publicidade e mobilização para este evento circula nas redes sociais. O grupo está a organizar vários eventos, via Facebook. Em Lisboa, a manifestação começa no Rossio e a iniciativa “As ideias saem à rua” está no Parque Eduardo VII, até 15 de maio.
A Assembleia Popular do Porto prepara também um dia em cheio. Para as 11h00 está marcado um encontro na Avenida dos Aliados para um momento de meditação e às 13h00 há um piquenique e oficina de cartazes e faixas na Batalha, de onde sairá a manifestação pelas 15h00.
O rosto da Primavera Global PT, que organiza o evento em Portugal, pertence a Pedro Lima, que representa o reformado, o estudante e todos os que se encontram descontentes com a situação atual.
No blogue do Primavera no Porto pode ler-se que o movimento pretende ocupar “as ruas” portuenses para mostrar a sua “indignação para com um sistema que, há muito tempo” lhes “virou as costas”. “Em conjunto, de forma pacífica e descentralizada, com diversidade e autonomia, queremos construir e concertar novos modelos de organização, mais sustentáveis, solidários e verdadeiramente democráticos”, explica o Primavera Global PT.