Fotografias de Portugal “todos nós temos, ou já tiradas, ou por tirar”, afirma ao JPN Vítor Costa, mentor do projeto. O objetivo principal d’“O Maior Estendal de Fotografia – Portugal no Porto” é “reunir um conjunto de fotografias de Portugal, seja ele atual ou mais antigo, e poder mostrá-lo numa praça, neste caso na praça principal do Porto, em forma de estendal”.
O objetivo é, também, “a reunião de várias paisagens, aldeias, cidades, monumentos” e os temas são variados, desde o “retrato da paisagem urbana à paisagem natural”. “Com isso, vamos agrupar uma série de identidades, que possam ser demonstrativas de Portugal”, afirma Vítor Costa. Como o próprio nome da exposição diz, é “Portugal no Porto”.
As fotos serão expostas como se de um estendal se tratasse, em linhas serpenteantes, pelo
meio da avenida dos Aliados, e impressas em diferentes tamanhos, para se parecer com a roupa dos estendais que são vistos nas janelas. A ideia é que seja algo “menos uniforme e menos coerente”, para dar “outra estética”.
“Haverá um júri que selecionará as fotos, para que a exposição tenha qualidade, visto ser aberta ao público em geral”, conta Vítor Costa. Qualquer um pode participar, com “qualquer tipo de captação, seja ela digital ou filme, com melhor ou pior qualidade”, continua. Não se trata de um concurso e “não vai haver propriamente um vencedor”, mas a organização espera que a população adira.
Para ter um lugar na exposição, convém que o trabalho tenha “algum sentido estético e técnico” e “informação interessante”, seja esta pessoas, paisagens, cidades, vilas, aldeias ou ruas de Portugal.
Processo de submissão
A partir de 15 de maio os interessados poderão colocar fotografias no grupo de Facebook do evento. Cada participante pode contribuir com cinco imagens. Essa primeira fase servirá para motivar as pessoas a enviar a sua obra, tirar dúvidas e receber feedback do público em relação às fotografias, aproveitando o potencial da rede social.
Já a submissão “oficial”, para a possibilidade de exposição no estendal, é feita de 15 de junho a 15 de julho. Cada pessoa poderá enviar cinco fotografias, que serão apreciadas pelo júri. As escolhidas serão impressas e colocadas em bolsas transparentes com o nome do autor, local e, se possível, as coordenadas GPS do local onde foi tirada.
A identificação serve também para que as pessoas saibam que determinado local é “bonito ou
interessante”, e que “lá possam ir tirar essa fotografia”. A informação GPS é útil quando a
fotografia é tirada em locais ermos e não tão facilmente identificáveis.
“A ideia não é terminar a exposição aqui”
Após a exposição, a organização gostaria de lançar um livro com as fotografias. No entanto,
o projeto ainda não está garantido e depende, entre outros fatores, da qualidade dos trabalhos submetidos e da existência de patrocinadores “que possam colocar o livro cá fora”.
Outra das ideias é, havendo convite de outras cidades, que o evento siga para mais locais do país ou “mesmo até do estrangeiro”, já que há bastante afluência à Invicta no mês de agosto, e a exposição está a ser preparada de forma a que seja “fácil de montar”, afirma o organizador.
Sendo uma “exposição representativa de Portugal, além de estar no Porto, a primeira plataforma”, poderia partir para “outras câmaras, outros locais, outras zonas”. “A ideia não é terminar a exposição aqui, vamos ver se isto se prolonga para outros locais”, conta Vítor Costa.
A partir de 15 de maio estará disponível mais informação no site Fotoadrenalina sobre o projeto, nomeadamente sobre a submissão de fotografias. A exposição será inaugurada no dia 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia, em que o Porto acolhe vários eventos que comemoram o dia.