A Rádio Universidade de Coimbra (RUC) transmite no próximo domingo, 20 de maio, a partir das 17h00, a final da Taça de Portugal, entre a Académica de Coimbra e o Sporting Clube de Portugal. As expetativas da equipa de desporto da rádio são altas e a programação dos próximos dias vai ser dedicada ao jogo.

“A Académica é uma equipa que habituou a este tipo de expetativas”, explica Francisco Costa, editor e coordenador de desporto da RUC, para quem há premissas que “permitem acreditar que a Académica pode, no Jamor, conseguir um bom resultado”. Apesar de admitir que o campeonato “não foi muito regular” diz que a equipa conseguiu chegar “ao final com dois objetivos conseguidos”, desde logo “a manutenção e, também, o acesso à Liga Europa”.

Em termos de programação, Francisco Costa revela que a final da taça “obriga a uma alteração do que é a emissão normal da rádio”. A mudança acontece porque “é um momento único na vida”, algo que “não acontecia desde 1969”. O coordenador da equipa explica que os programas de desporto “vão incidir muito na final da taça” e, durante os próximos dias, a equipa vai “percorrer todo o historial” e perceber, junto da população de Coimbra, “quais as expetativas para a final”.

Esta sexta-feira, 18 de maio, a RUC vai falar com “personalidades ligadas à Académica”, que possam “trazer a sua perspetiva” e fazer “a preparação do tão aguardado jogo”, revela Francisco. Já no sábado, os repórteres vão estar em Lisboa “a acompanhar a equipa” e, também, “tudo aquilo que será a celebração à volta da final”. No mesmo dia, à noite, a RUC vai estar presente numa “festa da Académica”, também em Lisboa.

No domingo, dia das decisões, a emissão vai contar, para além do jogo, com o “acompanhamento dos autocarros”, tanto “dos adeptos em geral” como, também, “dos estudantes que vão sair de Coimbra”. Em relação aos repórteres que já estão em Lisboa, vão, no domingo de manhã, fazer “uma edição especial com intervenções em direto do vale do Jamor”. A emissão em direto do estádio nacional começa às 14h00.

A equipa de desporto da rádio é composta não só por estudantes universitários mas, também, por “muitos ex-alunos” que, apesar de terem a vida profissional, “continuam a colaborar com a RUC”. Francisco Costa afirma que existe, entre os colaboradores, uma panóplia de profissões, como “enfermeiros, médicos, engenheiros e biólogos”, que acompanham o clube da cidade dos estudantes “para qualquer parte do país e, agora, também da Europa”.

Uma forma muito própria de relatar jogos

Uma das características que distingue a RUC de outras rádios é a forma como são feitos os relatos dos jogos da Académica, que surgiram “há cerca de dez anos” impulsionados pelo presidente do clube na altura. Francisco Costa define o estilo dos relatos como “muito próprio” e afirma que, na RUC, é permitida “uma abertura e criatividade” que em outras rádios não seria tão fácil conseguir. Explica ainda que a rádio tem “uma visão muito ampla”, mas sempre “direcionada para a Académica”. Isso quer dizer que, em caso de dúvida, “beneficia sempre” o clube de Coimbra.

O editor garante que o estilo surgiu da “necessidade de marcar pela diferença e de ter uma perspetiva inovadora” e conseguiu “cativar o adepto da Académica”. Por vezes pode até “provocar a revolta no mesmo adepto, porque consegue-se estar a falar sobre muitas coisas mas não sobre o jogo”, conta. As transmissões da RUC incidem, sobretudo, “naquilo que é o jogo da Académica” e só os golos da equipa de Coimbra têm direito a grito e festejo, “nunca os do adversário”.

Além disso, a RUC tem “a abertura que outras rádios não têm” e isso permite, “dentro do respeito, dizer coisas em direto que numa outra rádio não seria permitido”. Exemplo disso é o minuto 69, “uma parte muito especial” dos relatos que é caracterizado por “uma música que elucida os gemidos de uma mulher” e é “uma imagem de marca da RUC”, diz Francisco Costa. Por causa do jogo de domingo, foi gravado ainda um minuto 69 especial.