O Banco Alimentar Contra a Fome recolheu, no passado fim-de-semana, um total de 2644 toneladas de géneros alimentares em 1655 superfícies comerciais de todo o país.

Em entrevista ao JPN, Isabel Jonet, recentemente nomeada Presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares, afirma que o balanço da última campanha é “muito positivo” a todos os níveis.

Além da quantidade de bens alimentares recolhidos na iniciativa, Isabel Jonet destaca também a “participação de 37 mil voluntários”, o que é, diz, “muito gratificante e muito impressionante, porque são pessoas que deram o seu tempo de descanso ao serviço de quem mais precisa.”

Em relação à campanha realizada no mês de maio do ano passado, verificou-se um acréscimo de 13,5%. Os números podem ser explicados, em parte, pela crise. “Há muitas pessoas que dizem que vão contribuir porque não sabem se, na próxima, ainda o poderão fazer”, refere Isabel Jonet.

Os alimentos vão ser distribuídos a “21116 instituições, que são contempladas por dezanove Bancos Alimentares e são essas instituições que vão entregar os alimentos a 337 mil pessoas com carências alimentares comprovadas sobre a forma de refeições ou cabazes de alimentos”, como explica a presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares.

O Banco Alimentar na Grécia

Foi recentemente anunciada a implementação de um Banco Alimentar na Grécia, objetivo que exigirá algum trabalho e dedicação por parte da Federação.

“Na Grécia, há muitas carências e aquilo que procurarei fazer é replicar esse modelo que já deu frutos na Europa, nomeadamente em Portugal, procurando que aí também se consiga ajudar quem mais precisa”, explica.

De acordo com Isabel Jonet, “o primeiro passo é congregar uma equipa” e só depois é que se poderá avançar com a iniciativa e avaliar os resultados.

Como tal, e para já, Isabel Jonet declara que é “ainda muito prematuro” fazer qualquer previsão das possibilidades da iniciativa na Grécia.