Nem só de grandes bandas internacionais se faz o Optimus Primavera Sound. StopEstra!, Rafael Toral, Linda Martini, Gala Drop, We Trust, Best Youth, Julie & The Carjackers e You Can’t Win Charlie Brown prometem representar – e bem – a música portuguesa.

Os StopEstra! inauguram o espólio português no recinto. A orquestra portuense de rock, formada por músicos do Centro Comercial Stop, atua no Palco Primavera às 17h00 do dia 7 de junho e será conduzida por Tim Steiner. O concerto promete marcar a diferença com “uma energia difícil de igualar e um prazer muito grande em tocar, manifestados numa sucessão de momentos muito diversos – da contemplação à explosão”, diz o baixista Anselmo Canha. Objetivo? Levar ao público festivaleiro “diferentes abordagens à música e ao som”. “É a diferença de propostas como a StopEstra! que alarga horizontes e ouvidos”, afirma.

O JPN no Optimus Primavera Sound

O JPN vai acompanhar o Optimus Primavera Sound, de 7 a 10 de junho, no Parque da Cidade. Até lá, no dossiê “Primavera Sound no Porto” é possível encontrar notícias e informações úteis sobre o festival.

Enquanto espectador, Anselmo Canha está ansioso não para ver uma banda em especial, mas pela “experiência como um todo”. “Sobre cada banda em si, cito alguém famoso: prognósticos só no fim do jogo”, conclui.

Já Hélio Morais, baterista dos Linda Martini, “pagaria para ver qualquer uma das três bandas” com quem vai dividir o palco no dia 8 de junho: The Walkmen, The Flaming Lips e Yo La Tengo. A banda sempre teve o Primavera Sound de Barcelona como uma referência, mesmo que nunca tenham tido a possibilidade de marcar presença enquanto espestadores.

Este ano, sobem ao palco enquanto músicos, quer em Barcelona, quer no Porto, e prometem, acima de tudo, ser eles próprios. “Não costumamos fazer coisas especiais nos festivais ditos grandes. Se temos tido o privilégio de sermos convidados com frequência, é pelos concertos que damos. Todos são importantes e por isso damos tudo o que conseguimos dar em cada um deles”, afirma Hélio.

Também na Casa da Música e Hard Club

Mas nem só no recinto do Festival Primavera Sound poderão assistir aos concertos de bandas portuguesas. Best Youth, um duo portuense que se tem afirmado na cena pop-rock portuguesa, sobe ao palco da Casa da Música no dia 10 de junho. Do festival, a vocalista Catarina Salinas destaca a “variedade, boa música, excelentes espaços e ainda melhores concertos”. “Penso que é mesmo isso que faz um bom festival: dar ao público a hipótese de escolher como é que se quer sentir naquele momento”, diz.

Catarina promete um “espectáculo dinâmico e contagiante”, mas confessa que a “pressão está no ar”. Enquanto portuense, diz ainda que receber um festival desta magnitude na cidade é “uma forma de apresentar o Porto a uma grande comunidade musical que move muita gente”, remata.

Longe do Parque da Cidade atuam ainda os You Can’t Win, Charlie Brown. Afonso Cabral, um dos seis membros da banda, admite que as expectativas são altas para o concerto no Hard Club a 10 de junho. “O ambiente do concerto deve ser um pouco diferente daquele que se vai viver no Parque [da Cidade]”, afirma. Ainda assim, pretendem manter-se fiéis a eles próprios: “seis pessoas divertidas e calmas, a serem elas próprias e a tocar a música de que gostam.”

Mais tarde, no mesmo dia, atuam Julie & the Carjackers, um “mix” de jazz, bossa nova e funk. Bruno Pernadas, o guitarrista da banda, diz tratar-se de uma “fantástica oportunidade de tocar num festival com uma grande reputação a nível mundial” e salienta o “excelente cartaz” do evento.

Quanto ao concerto da banda, Bruno Pernadas diz que tentam sempre oferecer ao ouvinte a oportunidade de “criar as suas próprias histórias e lógicas de pensamento do seu imaginário” através da música, tornando-a “algo de cariz comunitário”. O concerto no Hard Club, agendado para as 23h00 de 10 de junho, promete não ser exceção.

Rafael Toral (8 de junho, 20h45), Gala Drop (9 de junho, às 17h00) e We Trust (8 de junho, às 18h00) completam o leque nacional no festival.