Era uma das promessas da organização do Optimus Primavera Sound: os festivaleiros que optassem por deslocar-se ao Parque da Cidade de bicicleta teriam um parque específico onde as estacionar, devidamente seguro e vigiado. Houve até rumores da existência de brindes especiais para os amantes das duas rodas, o que não se chegou a concretizar – todos tiveram direito à manta aos quadradinhos, entregue à chegada ao recinto.

No primeiro dia do festival foram perto de 50 as pessoas que chegaram ao recinto de bicicleta, prontas para deixar o veículo no Bike Park, localizado logo à entrada. No parque, com capacidade para 250 bicicletas, não são precisos cadeados e as equipas que as vigiam estão por lá das 16h00 às 06h00, ininterruptamente.

Ian and Sarah, do Reino Unido, fazem parte das estatísticas, apontadas pela organização, que dizem que 7 em cada 10 festivaleiros são estrangeiros. Voaram até Santander e daí ao Porto escolheram o carro. Da Baixa da cidade, onde estão alojados, até ao Parque da Cidade, optaram pelas bicicletas (e não tiveram medo da longa subida de regresso, ao final da noite). Apanhar um autocarro ou um táxi não lhes parecia a escolha mais económica. Este casal, que há quatro anos esteve no Primavera Sound de Barcelona, é apreciador de festivais e viajar pela Europa em busca da melhor música é já uma rotina – sempre com as bicicletas atrás.

Se ao início da tarde de quinta-feira, 7, a maior parte das bicicletas pertencia a estrangeiros, ao início da noite o cenário inverteu-se e os portugueses passaram a estar em maior número. Desses, os portuenses destacavam-se. Foi o caso de Tiago e Rita, residentes perto da Pasteleira, a quem a bicicleta pareceu o meio mais óbvio para se deslocarem ao Parque da Cidade. Segundo a organização, as expetativas quanto a este serviço foram superadas logo nas primeiras horas.

Do primeiro para o segundo dia de festival estava previsto um aumento no número de “clientes” do Bike Park, o que se veio a verificar. As pessoas quiseram certificar-se de que era seguro lá deixar o veículo – e houve até quem tivesse optado por deixar a bicicleta de um dia para o outro, levantando-a mais tarde. Ao final da noite de sexta-feira, 8, eram 100 as bicicletas no local, maioritariamente de portugueses, ainda que os espanhóis também estivessem em grande número.