Espinho vai receber a 38ª. edição do Festival Internacional de Música de Espinho (FIME). A programação está distribuída pelos dias 1, 4, 7, 10, 13, 14, 24 e 26 de julho e a abertura vai contar com o espetáculo “Round M – Monteverdi meets jazz”, uma performance que junta um grupo de música barroca, o “La Venexiana”, e o jazz.

João Pedro Mendes dos Santos, diretor artístico do festival, disse ao JPN que, nos últimos anos, “o FIME assumiu o seu carácter verdadeiramente internacional e passou a convidar os melhores intérpretes mundiais de todas as nacionalidades”.

Homenagem a Sassetti

Para o festival estava previsto um concerto de Bernardo Sassetti, com Manuela Azevedo e Cole Porter. Segundo João Pedro Mendes dos Santos, no concerto que substitui o de Sassetti, de Uri Caine, “Bernardo Sassetti estará certamente no nosso pensamento.” Mas para a edição de 2013 está prevista “a ideia de um concerto de Cole Porter em que, inevitavelmente, homenagearemos Bernardo Sassetti”.

Para o diretor, as expectativas são “muito grandes”. “Este ano conseguiu-se criar uma homogeneidade que nem sempre é possível, seja pela disponibilidade dos artistas, seja por qualquer outro motivo”, destaca.

Este ano volta a ter lugar na programação um segmento dedicado ao mais novos, o Festival Júnior, que começou em 2007. A 15 de julho, a história de “Hansel e Gretel” vai ser narrada pelo compositor Alexandre Delgado de uma forma ilustrada e musical.

João Pedro Mendes dos Santos destaca, ainda, na programação, os irmãos Capuçon (violino e violoncelo) com Frank Braley, já a 4 de julho, o recital da pianista Gabriela Montero, no dia 14, o violoncelista Romain Garioud com o FIMEmsemble, no dia 13, e a banda Osíris no dia 18. Mas, garante, “serão todos concertos magníficos.”

O Auditório de Espinho proporciona, segundo o diretor artístico, “uma excelente acústica e um contacto próximo com os músicos”. A Academia de Música de Espinho, a principal organizadora, tem alguns dos seus estudantes a participar através da Orquesta Clássica de Espinho. Segundo João Pedro Mendes dos Santos, “60% de músicos [da orquestra] frequentam a Escola Profissional de Música de Espinho, da qual a Academia de Musica de Espinho é a proprietária.”

“Espinho tem uma tradição cultural assinalável para a qual damos o nosso contributo, mas o FIME há muito que saltou as fronteiras da cidade. Temos espectadores maioritariamente da região mas também da Galiza e de todos os pontos do país”, sublinha.