O Optimus Alive!12 já começou e não poderia ter tido melhor arranque. Em jeito de homenagem ao Dia Internacional do Rock, o festival citadino foi invadido pela rebeldia característica deste estilo musical. Já há muito que não se via tanto rock e atitude num grande festival português.

Morcheeba substitui Florence and The Machine

Pelo meio, ainda ficou confirmada a banda de substituição de Florence and The Machine, para este sábado. Os Morcheeba vão fazer a vez de Florence no palco principal, voltando a atuar no país depois do último concerto, em 2011.

As honras de abertura do palco secundário (e do festival) couberam à banda Royal Blasphemy. Os The Parkinsons foram os senhores que se seguiram no Heineken e deram show, a mostrar que o rock está vivo e de boa saúde.

Do outro lado do recinto, e logo a abrir o palco principal, Danko Jones mostrou garra e prendeu os primeiros festivaleiros à frente das grades, à medida que o sol caía e o frio começava a mostrar do que era capaz.

Seguir-se-ia o hardcore punk dos Refused, que foram alvo de largos elogios por parte dos amigos Danko Jones durante o primeiro concerto. E não era para menos. A atuação dos “gajos da Suécia”, como referia copiosamente o vocalista, foi das mais bem conseguidas até ao momento e fez as delícias dos festivaleiros mais exigentes. No final, uma mensagem dirigida à multidão: “não deixem que ninguém vos diga como viver”, berrou Dennis Lyxzén, antes de começar a cantar “Boredom Won’t Get Me Tonight”, de “Tannhäuser / Derivè”.

LMFAO conquistam palco (muito pouco) secundário

De seguida, a primeira dúvida da noite, pelo menos a julgar pelas tshirts e adereços de muitos dos presentes: ver Snow Patrol ou LMFAO, no palco secundário? O segundo grupo parece ter levado a melhor e a cobertura do palco Heineken não chegou para abrigar tanta gente, pronta a fazer a festa à hora de jantar. Muita cor, muita luz e danças sugestivas marcaram presença ao início da noite, para um espetáculo cheio de bolas de praia e confetis, entre muitos outros objetos aparatosos e situações menos ortodoxas. Estava feita a festa no Alive!12.

No palco principal, o cenário era outro. Num concerto morno, como se poderia esperar da banda de Gary Lightbody, que já havia passado pelo Rock in Rio há dois anos, os Snow Patrol conseguiram, mesmo assim, manter o público interessado até à chegada dos Stone Roses. A “quebra” brusca de sonoridades entre Refused e Snow Patrol, no entanto, fez-se notar, e muitos aproveitaram para ir jantar enquanto esperavam pela banda que se seguia.

Finalmente, a atuação dos Stone Roses foi um regresso ao “old school”. De volta ao rock puro e duro e sem esquecer objetivos nobres (um casaco da Etiópia esteve em destaque, a lembrar os tempos do primeiro Live Aid), a banda pouco inovou, mas entreteu os amantes do saudosismo. Uma atuação sem mácula, mas com poucos momentos altos. O rock ficaria arrumado, definitivamente, para um canto ao final da noite no palco principal, com a performance eletrónica dos Justice.

Este sábado a festa continua com The Cure, We Trust, The Antlers, Tricky ou Awolnation.