No orçamento de estado para 2013 também existem boas iniciativas. A partir do próximo ano, segundo o Jornal de Negócios, o governo quer potenciar três ferramentas para os jovens empreendedores (recém-licenciados ou finalistas) criarem as suas próprias empresas: o “Passaporte para o Empreendedorismo”, o “Vale Empreendedorismo” e a “Plataforma de Ignição”. O pacote de ajuda engloba um conjunto de medidas de incentivo e financiamento, que abrangem o ciclo de vida de uma start-up: da ideia ao desenvolvimento.

Através do “Passaporte para o Empreendedorismo”, a primeira fase do projeto, os jovens conseguem uma bolsa mensal de apoio, no valor de 1,65 IAS (Indexante de Apoios Sociais) – o que equivale a cerca de 690 euros, tendo em conta que o IAS do ano corrente corresponde a 419,22 euros e não há previsão de que seja alterado. O objetivo é que o projeto se estabeleça e que o jovem licenciado desenvolva a ideia.

Cada projeto poderá receber, só no primeiro ano, cerca de 23 mil euros

Já na fase de arranque do projeto, o “Vale Empreendedorismo” entra em ação. Destinado a empresas no seu primeiro ano de atividade, concede um apoio de 15 mil euros para o desenvolvimento do plano de negócios da organização. No espaço de um ano, os projetos serão financiados com cerca de 23 mil euros: os 690 euros mensais mais os 15 mil do apoio ao desenvolvimento.

Entretanto, a última etapa passa pela “Plataforma de Ignição”, que pretende identificar potenciais oportunidades e acelerar o desenvolvimento das empresas mais inovadoras. Para isso, fomenta a articulação entre os promotores do sistema de empreendedorismo e inovação com a Portugal Ventures. No documento, o Governo diz que esta medida “permite um aumento da competitividade por via da redução de custos não salariais”.

O Orçamento de Estado de 2013 prevê ainda a possibilidade de reembolso das prestações do empregador para a Segurança Social, um meio de reduzir os custos não associados aos salários e que passa por ajudar a aumentar a competitividade das empresas. O próximo ano promete ser favorável aos jovens que desejarem criar os seus próprios planos de negócio para criarem os próprios empregos – uma atitude que é agora incentivada pelo Estado.