O Departamento de Integração Académica, Saúde e Desporto (DIASD), responsável pela promoção da qualidade de vida e do bem-estar de todos os que estudam e trabalham na Universidade do Porto (UP), procura, cada vez mais, reforçar e alargar a resposta às necessidades da população universitária. Neste contexto, foi implementado o Gabinete de Apoio Médico e Psicológico (GAMP), que garante a prestação dos cuidados primários de saúde a toda a comunidade universitária.

Consultas Gratuitas

O Gabinete de Apoio Médico da UP funciona, desde Janeiro de 2012, no 2.º piso das instalações dos Serviços de Ação Social (SASUP), na Rua dos Bragas. As consultas abrangem as especialidades de Clínica Geral, Ginecologia, Psiquiatria e Psicologia. Todas são gratuitas, excepto a de Medicina Dentária, que tem o valor de 11 euros. Estão sujeitas a marcação prévia e deve ser indicado o nome, a Faculdade a que pertence, o contacto e o horário que for mais conveniente.

Soutero Martins é o diretor do Departamento de Integração Académica, Saúde e Desporto da Universidade do Porto e esteve à conversa com o JPN, para percebermos como funciona este serviço e qual é a adesão por parte de alunos e funcionários.

Sente que há um défice de conhecimento sobre este serviço, por parte dos alunos?

Sim, essa é uma batalha nossa que ainda não foi vencida. Apesar de tudo, fazemos um esforço imenso de divulgação do serviço com alguns suportes informativos que nós fazemos, como o “Kit de Integração Académica”, onde estão todas essas informações. Colocamos ainda essa informação no nosso site, no site dos SASUP, no site das faculdades… para que, através das palavras-chave “saúde e bem-estar”, as pessoas possam aceder rapidamente às informações. O que acontece também é que, muitas das vezes, as pessoas não procuram o serviço porque não têm necessidade. Nós temos a noção que, apesar de todos estes suportes informativos, o que melhor funciona é o “boca-a-boca”. Depois, quando surge uma situação problemática, há estruturas dentro das próprias faculdades que já conhecem o serviço. Nos últimos anos as faculdades, e especialmente as Associações de Estudantes, estão mais participativas e convidam-nos mais para fazer divulgação.

Fazemos uma média de 3 mil consultas por ano.

Como é a adesão ao serviço?

Tem tido muita adesão. Dou até um exemplo: o ano passado celebrámos um protocolo com a Faculdade de Medicina Dentária que, aliás, é a única valência que os estudantes comparticipam. Não imagina a adesão que existiu. Foi uma surpresa para todos, até porque era a primeira taxada e os estudantes, contrariamente ao que as pessoas dizem, são compreensivos às dificuldades gerais do país e às orçamentais que a própria instituição tem. Em termos de consulta médica e psicológica, basta vir aqui habitualmente para ver como as consultas são solicitadas. Fazemos uma média de 3 mil consultas por ano. Na área da Psicologia, por exemplo, desde de Setembro até agora, tivemos cerca de 60 novos pedidos de primeira consulta, o que em pouco mais de um mês evidencia a maior divulgação que é feita.

Quais as áreas da saúde disponíveis?

Temos a consulta de Clínica Geral, a consulta de Ginecologia, a consulta de Psiquiatria, Psicologia e de Medicina Dentária. Neste momento também se pode dizer que temos todas as especialidades. Se vier à consulta geral e for detetada a necessidade ou se justifique o acesso a uma consulta de especialidade, temos um protocolo com o Hospital de Santo António e canalizamos as pessoas para lá.