Atualmente, o Cinema Batalha está encerrado e deixado ao abandono, mas, aparentemente, o “carácter matricial do bem, o seu valor estético e técnico intrínseco, a sua concepção arquitectónica e urbanística e o que nele se reflecte do ponto de vista da memória colectiva” fez com que se avançasse com a intenção de o reconhecer também como um Monumento de Interesse Público.

Esta quarta-feira, a intenção concretizou-se: “Manda o Governo, pelo Secretário de Estado da Cultura, o seguinte: É classificado como monumento de interesse público o Cinema Batalha”, lê-se no Diário da República (DR), na decisão publicada. “O edifício implanta-se num terreno escasso e de acentuado declive, factores que não impediram uma expressão plástica e arquitectónica de audaz modernidade”. O documento fixa ainda uma zona especial de protecção de 50 metros à volta de todo o edifício.

No DR destaca-se ainda “o hall de entrada, ladeado por 2 pinturas murais de Júlio Pomar” e o exterior, onde se encontra “um extenso vitral curvilíneo corrido e só interrompido pelo baixo-relevo da autoria de Américo Braga”.

O mesmo aconteceu, durante as últimas semanas, com a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) e o Coliseu. A portaria ainda foi assinada pelo ex-secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.