Cerca de 60% das famílias portuguesas já têm acesso à internet, também 66% dizem ter computador em casa. Os números mostram a cada vez maior dependência das tecnologias, quer para lazer quer para trabalhar ou estudar. Desde 2008 que os utilizadores da internet, com idades entre os 16 e os 74 anos, aumentaram cerca de 20% – um crescimento médio anual de 9%.

Contextualização

Os resultados apresentados fazem parte do “Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Famílias” [PDF], realizado este ano pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre os meses de abril e maio. Os inquiridos têm entre 16 e 74 anos.

Os que se ligam mais à rede são os jovens entre os 16 e os 24 anos (97%) e é o masculino o sexo com especial predileção pela navegação online (64,6%). Ainda assim, homens e mulheres estão rendidos igualmente ao comércio eletrónico: os números ainda não são muito elevados (cerca de 13% para as mulheres e 14% para os homens) mas mostram um crescimento médio anual de 20%, o que quer dizer que desde 2008 a proporção de pessoas que utilizam o meio para fazer compras, duplicou.

Ainda no âmbito do comércio eletrónico é a faixa etária dos 25 aos 34 anos que mais compra online, com 26% de utilizadores; o mesmo acontece com os que detêm uma graduação do Ensino Superior, com cerca de 37%.

Acesso à internet em qualquer lugar, a qualquer hora

A mobilidade está também cada vez mais patente. 35% dos utilizadores da internet fazem-no fora de casa ou do local de trabalho. O meio mais usual é o portátil (onde o INE também incluiu os tablets), com cerca de 27%. Imediatamente a seguir, é utilizado o “equipamento de bolso, sendo o telemóvel o mais referido”, com 21% – o que significa que um em cada cinco portugueses acede à internet através do telemóvel ou do smartphone. É um crescimento notável, já que ano passado o valor registado era de apenas 12%.

Mas se muitos utilizam o acesso à rede para aceder ao Instagram, atualizar o estado do Facebook ou partilhar imagens no Pinterest (cerca de 63% diz usar o telemóvel para aceder a redes sociais), a tarefa por excelência é a troca e verificação de e-mails (70%). E as notícias não se ficam por aqui: cerca de 54% acede à internet móvel para ler jornais e revistas online.

Mesmo assim, cerca de 59% ainda se queixa de alguns problemas com a internet móvel – principalmente relacionados com o sinal de rede do operador – e mais de 80% dos que não a utilizam consideram-na dispensável e de custo elevado. Por outro lado, há quem se preocupe com a própria privacidade.