O Ensino Superior também decidiu fazer greve no dia 14 de novembro. Estudantes, professores e funcionários unem-se contra as recentes medidas do governo e os cortes na Ação Social. O movimento “Estudantes pela Greve Geral” é o primeiro exemplo desta mobilização.

Na página oficial do movimento não faltam razões para incentivar os estudantes a aderir à iniciativa: pelo direito a estudar – já que Portugal é o terceiro país da Europa com a propina mais alta -, pelo direito à mobilidade – por causa do fim dos descontos escolares nos transportes públicos -, pelo direito ao ensino e investigação científica – já que o Estado quer levar a cabo um corte de cerca de 57 milhões de euros na Ciência e Ensino Superior -, pelo direito ao emprego – não só pelo desemprego mas porque nove em cada dez novos empregos são precários -, e pelo direito a ter direitos – em solidariedade com aqueles que foram obrigados a deixar de estudar.

Greve geral já ganhou dimensão Ibérica

Mas desta vez, a greve é mesmo geral. Em Portugal, a CGTP convocou a greve “contra a exploração e o empobrecimento”, defendendo a necessidade de “mudar de política, por um Portugal com futuro” e os sindicatos, aderiram em força. A UGT, apesar de não aderir ao protesto, diz que mais de metade dos seus 50 sindicatos também vão participar na greve geral agendada para dia 14.

Entretanto, a Confederação Europeia de Sindicatos convocou para dia 14 de novembro uma “jornada de ação” em toda a União Europeia, em protesto contra a atual situação económica e social. Em Espanha, os sindicatos já confirmaram uma greve geral no mesmo dia, assim como em Itália. França, Bélgica, Holanda e Alemanha também serão palco, no mesmo dia, de ações de sensibilização e protesto.