O objetivo é simples: “mobilizar as pessoas para a utilização da bicicleta ou, atendendo à dificuldade de cidades como Porto e Gaia, de veículos que tenham o mesmo tipo de carga não poluente”. Isto, com duas finalidades: “induzir um novo comportamento ambiental” e “introduzir uma taxa negativa benévola pró ambiental”, explicou Luís Filipe Menezes, no final da cerimónia comemorativa do visitante número 2,5 milhões ao Parque Biológico de Gaia.

A implementação da ideia passa pela criação de um parque de estacionamento com um “kit” de registo eletrónico onde, a cada dia de utilização, o cidadão deverá passar a sua bicicleta para contabilização. De seguida, receberá um cheque ambiental que “pode deduzir em vários tipos de facturas e impostos municipais”, “principalmente no imposto da água, do saneamento e resíduos sólidos urbanos”, explicou o presidente da câmara. Contas feitas com base no preço médio do mercado, a pessoa recupera “num ano e meio aquilo que investiu na aquisição” da bicicleta. A partir daí, “uma pessoa pode não pagar água, se usar esse meio”, garantiu.

Para “dar o exemplo” o autarca quer que os trabalhadores da autarquia e empresas municipais sejam os primeiros a pedalar até ao local de trabalho. O projeto é para ser implementado ainda durante o mandato de Menezes, que termina no próximo ano. Não será, no entanto, aplicado em todo o território do concelho: “não é realista” pensar assim, tendo em conta as distâncias do centro às freguesias limítrofes.

Luís Filipe Menezes garantiu ainda que importará a ideia para o Porto, na sua candidatura à Câmara Municipal para as autárquicas de 2013.