O objetivo era que ficasse decidido o futuro da biblioteca, numa reunião informal, para criar uma associação de cidadãos responsável pelo espaço. O local marcado para o encontro era o Salão Paroquial da Igreja do Marquês, às 21h30, mas o pároco voltou atrás no prometido.
À hora marcada, eram dezenas as pessoas que se reuniram em frente à Igreja, mesmo que Manuel Leitão já soubesse da mudança de planos. Mas presença surpresa foi a da PSP, com um carro-de patrulha e dez elementos do corpo de intervenção, que fez desmobilizar o grupo indignado.
A paróquia entregou depois aos jornalistas um documento com as razões da decisão, tal como as explicou a Leitão: “a promessa da sala ficava sem efeito, por estar em causa uma reunião com fins políticos” e o intuito de “formar uma associação contra o actual presidente da CMP”. Revelava ainda que a reacção de Manuel Leitão perante a recusa “foi agressiva e mal-educada, com ameaça de obstrução das entradas da igreja”.
Ficou assim explicada a presença da PSP e a reunião prosseguiu, duas portas ao lado, na sede da associação Casa Viva.