Já alguma vez procurou informar-se sobre a eficiência energética em elevadores e escadas rolantes? Sempre quis saber qual é o desenho correto de uma instalação fotovoltaica? É capaz de adivinhar qual a impressora mais adequada para programas completos de sistemas de etiquetas com opções de corte e perfuração? E já agora…sabia que os ventiladores de acoplamento direto têm crescido no mercado?

Se nenhuma destas questões lhe é familiar, o mais provável é nunca ter lido a revista “o electricista”. O que, de certa forma, é estranho, tendo em conta que esta publicação técnico-profissional já existe há dez anos. Na verdade, 2012 assinala a chegada da revista ao número redondo.

Na verdade, na verdade, ela surgiu pela primeira vez em 1957, mas por causa de alguns imprevistos, foi descontinuada. Só em 2002 passou a ser reeditada, neste caso, pela Publindústria, uma editora de imprensa técnica especializada. Em declarações ao JPN, Júlio Almeida, diretor comercial da revista, diz que o resgate da publicação teve como objetivo “colmatar uma necessidade do mercado, do ponto de vista da formação e informação”.

De facto, toda a gente pensa que sabe o que faz um eletricista. Mas será que sabe mesmo? Sabia, por exemplo, que pode haver dois tipos de eletricistas: os de instalações elétricas e os de equipamentos elétricos? (ver caixa). Foi para esclarecer este tipo de questões que a revista foi criada. Mas também para falar sobre “empresas e instituições com atividade na área da electrotecnia, ou áreas afins”, e “divulgar atividades, desenvolvimentos, ou produtos com relevância”, conta Custódio Dias, o diretor da “o electricista“.

Tipos de eletricistas

De instalações elétricas:
Direcionado à contrução civil. Trabalha nos sistemas de alimentação elétrica e de telecomunicações dos edifícios. Pode atuar por conta própria ou de uma empresa.
De equipamentos elétricos:
Direcionado à produção e manutenção de equipamentos, tais como motores, transformadores, aparelhos de ar-condicionado, de iluminação, etc.. Na maior parte das situações, atuam por conta de uma empresa, embora em manutenção, no caso dos equipamentos mais simples, possam atuar por conta própria.

Para o bem e para o mal, um órgão como outro qualquer

Nesta revista, apesar de se fazer um “jornalismo técnico-profissional”, funciona tudo como noutro órgão de comunicação: existe uma redação, com jornalista, departamento comercial, técnico e de webdesign. Isto para além dos diferentes colaboradores, que escrevem para várias colunas.

Também há notícias e reportagens, só que neste caso “centram-se nas empresas, nos profissionais, nas novidades, nos produtos e nas atividades do setor eletrotécnico. O objetivo principal é manter os leitores informados dos mais recentes acontecimentos da área”, diz Custódio Dias ao JPN. Com uma periodicidade trimestral, a revista leva já 41 números. Disponível em dois formatos – papel e digital -, tem vários tipos de assinatura à escolha, que podem fazer os preços variar entre 15 e 55 euros.

Mas como qualquer outro órgão de comunicação, também “o electricista” sente o impacto do mau momento que outros media atravessam: “As revistas técnicas sentem ainda mais os efeitos da recessão, porque ao contrário das generalistas, os anunciantes e os leitores são mais restritos, são pequenos nichos de mercado. No nosso caso particular, existe ainda um fator extremamente importante a ter em conta – a crise na construção civil”, explica Júlio Almeida.

Eletricista: uma profissão com futuro

“Portugal tem um défice grande no que concerne a técnicos saídos das escolas industriais, como, por exemplo, eletricistas, torneiros, mecânicos e serralheiros. E por outro lado, tem um excedente de licenciados, muitos deles com probabilidades muito diminutas de entrar no mercado de trabalho. O mercado autorregula-se, por isso é que hoje um canalizador ganha mais do que muitos licenciados”, refere Júlio Almeida, ao sublinhar a importância e o sucesso deste tipo de profissões.

Também Custódio Dias não tem dúvidas de que, por exemplo, a atividade de eletricista “é uma profissão indispensável e cada vez com mais futuro”. Até porque, “nestas sociedades, é inimaginável a vida sem a disponibilidade da energia elétrica em todos os locais”.