Baseada na lógica do “speed dating”, esta iniciativa, promovida pela Cidade das Profissões desde 2010, coloca frente a frente – num curto espaço de tempo – entidades recrutadoras e potenciais candidatos. As mini-entrevistas decorrem fora do contexto empresarial e o formato tradicional é substituído por uma sucessão de encontros rápidos.

A campainha toca para que o ritmo não pare. Desde psicólogos a arquitetos, os que procuram uma oportunidade de trabalho têm 5 minutos para se apresentarem e mostrarem os seus pontos fortes. A “dança das cadeiras” implica a passagem por dez empresas de diferentes áreas de negócio. Passados 50 minutos, os participantes podem não sair com um contrato na mão, mas são dez os currículos que deixaram na esperança de um futuro contacto.

Para os que deixam uma boa impressão, uma nova entrevista, mais longa, pode trazer consigo uma proposta de trabalho. A iniciativa não podia ter sido melhor recebida quando a taxa de desemprego, em Portugal, atinge níveis históricos, nomeadamente nos jovens.

Os resultados do “Speed Recruitment”

No entanto, foram muitos os que se inscreveram e ficaram de fora. Foram escolhidos apenas 70 pessoas entre 400 candidatos. Para Mónica Couto, uma das selecionadas para o “Speed Recruitment“, este conceito não podia ser mais apropriado, tendo em conta o período atual. Formada em Psicologia, a jovem diz que Portugal não tem tirado proveito do potencial que tem criado.

Teresa Chaves, diretora da Cidade das Profissões e promotora do evento, revela que, apesar de ser uma importante iniciativa para a promoção de emprego, o contacto com as empresas não é fácil. A Cidade das Profissões tentou reunir, no mesmo espaço, um vasto leque de empresas de áreas distintas. Para Teresa Chaves, a oportunidade de apresentar valências a uma empresa fora da área de formação deve ser aproveitada. Os jovens devem adaptar-se às circunstâncias do mercado e não ficarem à espera que as coisas apareçam. O “Speed Recruitment” promete regressar em 2013.