94 por cento dos jovens portugueses considera a hipótese de trabalhar no estrangeiro, segundo os resultados de um inquérito “online” feito pela Universia e pelo site Trabalhando.pt.

Entre as razões para a decisão de emigrar destacam-se os benefícios pessoais e profissionais (45 por cento das respostas) e a possibilidade de conseguir um emprego melhor (38 por cento).

A distância dos familiares é a causa mais apontada para a permanência em Portugal, tendo atingido 30 por cento das escolhas. Entre os fatores inibidores da emigração, a diferença linguística atingiu os 22 por cento de respostas, mais um ponto percentual que o custo de vida.

Trinta e nove por cento dos internautas revelou-se disposto a passar mais do que oito anos fora do país, enquanto que 34 por cento escolheu um período entre um e três anos.

Trabalhar no estrangeiro, segundo os mesmos resultados, numa área que não a da sua formação, é uma opção para 63 por cento dos inquiridos.

O número de desempregados atingiu 51 por cento do total de inquiridos e, dentro desse universo, 43 por cento admitiu vir a estudar línguas estrangeiras, nos próximos meses.

Procurar emprego no estrangeiro, mesmo fora da área de estudos, foi apontado como hipótese, por 33 por cento dos desempregados que responderam a este inquérito. Tentar uma pós-graduação está nos planos de 24 por cento.

O universo de inquiridos foi composto por 61 por cento de pessoas com mais de 27 anos, 36 por cento com idade entre os 21 e os 26. Os jovens com idade entre os 18 e os 20 anos constituíram 3 por cento da amostra. Na distribuição por sexo, as mulheres representam 59 por cento. No total, os resultados foram apurados através das respostas de cerca de 700 internautas.

Este trabalho foi feito em dez países e reuniu respostas de perto de 12 mil participantes.