Com a crescente censura da internet em alguns países do mundo, a Google passou à ação e deu vida ao Free and Open Web, através da iniciativa Take Action [e associada à hashtag #freeandopen], que incentiva os internautas de todo o mundo a defenderem os seus direitos e a dar voz pelo movimento. O que está em causa, explicam, é a liberdade da internet, que “nem todos os governos apoiam”. “Quarenta e dois países filtram e censuram conteúdos”, referem.

Para além disso, até 14 de dezembro realiza-se a Conferência Internacional de Telecomunicações (UIT), organizada pelas Nações Unidas, e a Google acredita que “alguns desses governos tentarão usar uma reunião a portas fechadas para regulamentar a Internet”. E alertam:”Os governos por si sós não podem determinar o futuro da Internet. Os bilhões de pessoas em todo o mundo que usam a Internet, bem como os especialistas que a desenvolvem e a mantêm, devem ser incluídos”, lê-se no manifesto online.

“Um mundo sem barreiras é o caminho para o futuro”

A principal preocupação do Google é que algumas das propostas que estarão em cima da mesa podem ainda “permitir que os governos censurem o discurso legítimo ou até mesmo permitir que eles cortem o acesso à Internet”, enquanto outras propostas exigem que serviços como YouTube, Facebook e Skype paguem novas taxas”, limitando o acesso à informação.

A iniciativa, que apregoa que “um mundo livre e aberto depende de uma Internet livre e aberta”, parece ter conquistado utilizadores por todo o mundo e já conseguiu quase três milhões de subscritores. Para aderir, é muito fácil. Basta preencher o formulário, dar a sua opinião e partilhar com os amigos.

Fábio Silva, do Porto, pede para não alterarem “aquilo que está bem feito e que é construído pelo povo”. Nuno Faria, por sua vez, diz que “a tentativa de restringir o acesso livre e aberto à internet significa catalisar o surgimento de conflitos sociaise políticos com consequências imprevisíveis”. Rafael, do Seixal, sublinha: “É o único sítio do mundo onde podemos partilhar verdadeiramente os nossos pensamentos e conhecimento sem que isso implique mobilidade geográfica. Já é tudo muito monopolizado (…) e um mundo sem barreiras é o caminho para o futuro”.