Já a partir do primeiro dia do próximo ano, vai haver música, chocolate, exposições, jantares comemorativos, debates, livros e mais uma data de eventos para comemorar os 250 anos da Torre dos Clérigos. Quem inicia as comemorações é a Banda Sinfónica Portuguesa com um concerto de Ano Novo, na Igreja [ver programação].

Programação

Janeiro: Concertos, lançamento de um bombom dos Clérigos, instalação de um marco do correio, impressão de 30 mil postais.

Fevereiro: Lançamento do Roteiro das obras de Nicolau Nasoni no Porto e Norte, pela direção Regional de Cultura

Março: Editados quatro livros sobre a história da Torre, de Germano Silva, Hélder Pacheco, Francisco Queirós e Manuel Montenegro. Na Páscoa retomam-se os concertos.

Abril – Maio: Exposição “A Torre dos Clérigos”, no Palacete dos Viscondes

Junho: Exposição na Centro Português de Fotografia, até outubro.

Julho – Agosto: “Verão dos Clérigos”, a cargo da Porto Lazer

Outubro: Concertos de música barroca

Novembro – Dezembro: Encerramento solene na Casa da Música, com a orquestra sinfónica, a 1 de novembro.

Mas a maior ambição destas comemorações é a reabilitação do espaço. O conjunto monumental – Igreja, Enfermaria e Torre – precisa de obras, orçadas em cerca de dois milhões de euros. “A Igreja e a Torre necessitam, essencialmente, de limpeza”. Já o edifício tem três pisos escondidos do público que precisam de “obras profundas”, uma vez que se pretende que lá seja instalado um “espaço museológico”, explicou o padre Américo Aguiar.

O projeto está feito, falta o financiamento

Agora, falta assegurar o financiamento. Duarte Vieira, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte não pode, no entanto, prometer mais do que um esforço. “Esperamos que seja possível encontrar uma solução para que o Porto não deixe escapar esta oportunidade. Não posso prometer ainda nada mas está a equipa toda a trabalhar”, garante.

Rui Moreira, é quem estará responsável por mobilizar as gentes do Porto e as instituições, em prol da causa dos Clérigos. Há que “fazer das tripas coração” para devolver a glória ao mais reconhecido monumento da cidade.

A autarquia de “alma e coração” na recuperação dos Clérigos

Rui Rio fez ainda questão de dizer que tanto o padre Américo como Rui Moreira “demonstram que no Porto ainda há vitalidade da denominada sociedade civil”. Já ao Governo deixou duras críticas, tanto pela questão da SRU como por este ter considerado desproporcionada a verba de 1,2 milhões de euros que, anualmente, concede para a reabilitação da Baixa.

“É inacreditável que, num tempo de grave crise, não haja no Governo quem perceba que o turismo é uma das formas de ultrapassarmos a situação”. Rui Rio diz ainda que a autarquia “está de alma e coração com o projeto de recuperação da Torre dos Clérigos”.