O Reiki é um método japonês que envolve diferentes técnicas que visam equilibrar e ajudar quem se submete a um tratamento, ao longo do processo de cura. Ainda assim, o terapeuta de Reiki não está autorizado nem tem poder para diagnosticar doenças ou outro tipo de anomalias, por isso continua a ser sempre necessário recorrer à medicina convencional.

O tratamento é realizado através da imposição das mãos, segundo uma técnica de contacto, cujo objetivo é equilibrar e orientar o fluxo da energia vital. Além do equilíbrio, o Reiki ajuda a prevenir doenças e tem como principal objetivo causar bem-estar.

Vários estudos foram feitos para estudar a eficácia da terapia – um deles no Hospital de São João, no Porto – e depois de ter sido provado que o Reiki é benéfico para os doentes, a Associação Portuguesa de Reiki Monte Kurama, desenvolveu outros projetos de voluntariado, a cargo de Sónia Gomes. Sónia é terapeuta há doze anos, licenciada pela Associação Internacional de Profissionais do Reiki (IARP). Atualmente, é a Delegada Regional do Porto da Associação Portuguesa de Reiki (APR).

Olhar para o Reiki de uma “perspetiva científica”

A terapeuta não tem problemas em admitir que tem uma visão muito diferente, em alguns aspetos, da dos colegas. Sónia acredita que se deve começar a olhar para esta medicina alternativa de uma uma perspetiva científica, que é exatamente o oposto do que se está a fazer em Portugal.

O que se convencionou foi que o Reiki é “a transmissão de energia universal, através da imposição das mãos”, mas na perspetiva de Sónia Gomes, poucos são os que entendem o verdadeiro significado do que estão a dizer. Para ela, “a energia é a matéria condensada. É tudo o que nos circunda e o que nos circunda não passa pelas mãos”, explica.

Potenciar o equilíbrio através do Reiki

Apesar de o nosso organismo ter capacidades auto-reguladoras e regeneradoras, nem sempre consegue dar conta do recado. É neste momento que o Reiki assume um papel importante: quando estamos com febre, por exemplo, e o nosso organismo não consegue estabilizar a temperatura corporal com eficácia porque o hipotálamo não consegue regular o corpo, o equilíbrio provocado pelo Reiki ajuda nesse processo de auto-regulação.

Para Sónia é ainda essencial que os terapeutas que fazem Reiki (sobretudo na área da saúde), tenham conhecimentos de anatomia. “Saber onde é que ficam os órgãos e ter algum conhecimento de farmacologia” é muito importante, já que “muitas vezes os fármacos interferem diretamente com um certo tipo de sintomas e temos que estar atentos”, de modo a perceber se estamos a desencadear outros efeitos indesejados.

Pelo mundo há mais de 60 hospitais que já aplicam esta terapia no tratamento de doentes.